A Polícia Federal (PF) apontou o senador Weverton (PDT-MA), vice-líder do governo Lula no Senado, como beneficiário final de operações financeiras de uma organização criminosa investigada no esquema da farra do INSS, que envolve descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. A fraude foi revelada pelo Metrópoles.
De acordo com a corporação, o senador atuava como beneficiário final do esquema, recebendo recursos desviados por meio de assessores parlamentares.
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Os investigadores citaram, ainda, que localizaram, em fases anteriores da Operação Sem Desconto, mensagens entre Alexandre Caetano, contador de empresas do Careca do INSS, e o economista Rubens Oliveira Costa, além de um arquivo em Excel intitulado “Grupo Senador Weverton”.
Para a PF, o enriquecimento do Careca, hoje preso, foi viabilizado por suporte político que teve participação do vice-líder do governo Lula.
Weverton foi alvo de busca e apreensão pela PF na manhã desta quinta-feira (18/12). Investigadores pediram a prisão do parlamentar, mas o pedido foi indeferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, relator do caso.
Operação
As medidas foram autorizadas pelo STF. Outro alvo da operação é o advogado Eric Douglas Martins Fidelis (segundo à esquerda na foto), filho do ex-diretor de Benefícios do INSS em 2023 e 2024, André Fidelis, que já foi preso pela PF em outra fase da operação.
No total, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e Distrito Federal.
A ação é realizada em conjunto pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

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