As Forças Armadas dos Estados Unidos interceptaram um segundo navio ao largo da costa da Venezuela, em águas internacionais. O petroleiro Centuries, de bandeira panamenha, parou voluntariamente e permitiu a aproximação das autoridades, marcando o andamento da ofensiva americana contra o petróleo venezuelano sancionado.
A operação ocorre dias após o presidente Donald Trump anunciar um bloqueio total a todos os petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela. A apreensão anterior de um navio ocorreu em 10 de dezembro, na mesma região.
Segundo Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, o navio interceptado ficou atracado na Venezuela antes da ação. A Guarda Costeira dos EUA, com apoio do Departamento de Guerra, realizou a apreensão ao amanhecer. Um vídeo divulgado mostra alguém descendo de um helicóptero até o convés do Centuries.
O Centuries havia carregado petróleo bruto no terminal de José, na Venezuela, e, desde 11 de dezembro, transportava cerca de dois milhões de barris. Imagens de satélite indicaram que a embarcação seguia em direção ao Caribe, rumo à Ásia. O navio já havia sido rastreado em 2020 transportando petróleo venezuelano para a China e também esteve envolvido em transferências para outra embarcação na Malásia.
Ainda não está claro se os EUA pretendem tomar posse do navio e da carga. A estratégia, segundo autoridades, é apreender mais petroleiros, com exceção dos navios fretados pela Chevron, que possui licença para operar na Venezuela. Outros navios suspeitos já foram identificados pela Marinha e pela Guarda Costeira.
Como desdobramento, a recente medida mostra a continuidade da pressão dos Estados Unidos sobre o petróleo sancionado na região, ampliando a fiscalização sobre embarcações ligadas à Venezuela. Comente abaixo: você acha que esse tipo de ação afeta mais a economia local ou o cenário internacional já conturbado?

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