Maduro reage aos EUA em meio a cerco naval: “Corsários”

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste domingo que o país enfrenta uma “campanha de agressão” liderada pelos Estados Unidos, que envolve terrorismo psicológico e atos de corsários que teriam saqueado petroleiros venezuelanos. A declaração ocorre em meio a um cerco marítimo que envolve navios venezuelanos e tem ganhado eco em agências internacionais de imprensa.

Em mensagens divulgadas nas redes sociais, Maduro disse que a Venezuela está preparada para acelerar a marcha da Revolução profunda, reagindo à suposta agressão externa com mobilização interna.

“A Venezuela vem denunciando, enfrentando e derrotando há 25 semanas uma campanha de agressão que vai desde o terrorismo psicológico até corsários que assaltaram petroleiros”, disse Maduro.

Entenda nova ofensiva dos EUA no Caribe venezuelano

  • As agências Bloomberg e Reuters informaram que a Guarda Costeira americana interceptou neste domingo um terceiro petroleiro próximo à costa venezuelana. Caso confirmado, será a segunda apreensão apenas neste fim de semana.
  • Neste sábado (20/12), os EUA apreenderam o petroleiro Centuries. Em 10 de dezembro, o navio Skipper também foi levado. O petroleiro interceptado neste domingo foi identificado como Bella 1.
  • As ações integram a estratégia do governo Trump para pressionar o regime de Maduro, combinando mobilização no mar, sobrevoos no espaço aéreo venezuelano e ataques a embarcações.
  • As interceptações visam estrangular a economia venezuelana e ampliam a escalada de tensões entre os dois países.
  • Até a última atualização desta reportagem, o governo Trump não havia se manifestado sobre a nova apreensão.

Navio seguia para a Venezuela

Segundo informações da Bloomberg, o petroleiro Bella 1 navegava sob bandeira panamenha e seguia para a Venezuela para ser carregado. A Reuters afirma que a embarcação estava em águas internacionais e que a Guarda Costeira dos EUA estaria perseguindo o navio. Um oficial afirmou que o petroleiro estava sob sanções econômicas, em linha com o “bloqueio total” anunciado por Trump. O governo venezuelano, no entanto, não se pronunciou oficialmente sobre a apreensão deste domingo. Em ocorrências anteriores, Maduro descreveu o bloqueio como pirataria internacional, ameaça grotesca e irracional, afirmando que as ações não ficariam impunes.

Trump anuncia medidas contra família de Maduro

O governo Trump divulgou uma nova rodada de sanções contra familiares de Nicolás Maduro e de sua esposa, Cilia Flores, informou o Departamento do Tesouro dos EUA.

Segundo o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), os sancionados apoiaram o que chamam de “narcoestado desonesto de Maduro”. Ao todo, cinco familiares de Carlos Erik Malpica Flores — sobrinho de Cilia Flores — foram alvo de retaliações, em 11 de dezembro.

A medida faz parte de uma ofensiva mais ampla contra a Venezuela e o líder chavista, que governa o país sob contestação internacional e enfrenta acusações de ligações com o tráfico de drogas e de desvio de petróleo para os EUA.

Deixe sua opinião nos comentários: como você vê esse embate entre Caracas e Washington e quais impactos isso pode trazer para a região e o mercado de petróleo?

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