Irmãos vítimas do “Rei das Milhas” relatam ameaças de morte após golpe

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Resumo: um golpe envolveu os irmãos Luciano Alves da Silva e Cristiano Alves da Silva, moradores de Balneário Camboriú (SC), vítimas do homem conhecido como o “Rei das Milhas”. O esquema deixou mazelas financeiras, ameaças de violência e investigações em vários estados. A operação envolve o foragido Gustavo Real Rabelo e a família dele, com prejuízos que superam dezenas de milhares até somarem milhões de reais, segundo a polícia.

Como tudo começou O contato com Gustavo Real Rabelo ocorreu em 8 de maio, quando ele prometeu pagar boletos com até 50% de desconto, sob a alegação de um sistema de milhas aéreas. Com salário modestíssimo, os irmãos testaram o serviço com uma parcela do carro de Cristiano, de R$ 500; o boleto não foi compensado, mas Gustavo devolveu o dinheiro e quitou a prestação, o que criou confiança. Em seguida, vieram ofertas de eletrônicos “totalmente lícitos” com nota fiscal e entrega rápida, incluindo uma TV de 65 polegadas que foi entregue. O irmão Luciano também comprou uma TV de 55 polegadas, que chegou sem contratempos. Tudo parecia regular, e Cristiano acabou aceitando trabalhar como vendedor para a empresa Mais Milhas, registrada em nome de Wilson Real Rabelo, pai de Gustavo.

Diversos produtos foram vendidos—incluindo iPhones 16 Pro Max, TVs e PlayStation 5—e cerca de 25 clientes fecharam compras. A expectativa de renda extra motivou os irmãos, que passaram a acreditar na seriedade do negócio. Em uma versão final, Gustavo alegou que as mercadorias estariam paradas nos Correios e que um seguro cobriria os envios, apresentando documentos falsificados para justificar os atrasos.

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O golpe não se restringia apenas a eletrônicos. A empresa também oferecia pagamento de boletos com desconto, passagens aéreas e pacotes de viagens internacionais. Uma família chegou a perder R$ 150 mil em uma viagem à Alemanha que jamais existiu.

Enquanto as vítimas acumulavam dívidas e desespero, Gustavo ostentava um estilo de vida de luxo. Investigações indicam que o dinheiro dos golpes foi convertido em bens, incluindo veículos de alto padrão. Em uma operação realizada em março de 2024, a polícia apreendeu BMW 540i, BMW X5 e Land Rover, além de documentos e equipamentos eletrônicos. Bloqueios judiciais foram decretados e o prejuízo total supera R$ 1,5 milhão, segundo a Delegacia de Defraudações de Santa Catarina.

O outro lado
A reportagem tentou contato com Gustavo Real Rabelo por meio de ligações e mensagens, mas não obteve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações.

Início do golpe

  • O contato com Gustavo Real Rabelo ocorreu em 8 de maio, quando ele ofereceu um serviço que parecia vantajoso: pagamento de boletos com até 50% de desconto, supostamente por meio de um sistema de milhas aéreas.
  • Com salário modesto de porteiro, a vítima testou o serviço pagando uma parcela do carro no valor de R$ 500. O boleto não foi compensado, mas Gustavo devolveu o dinheiro e ainda quitou a prestação, alegando “cortesia”.
  • Em sequência, chegaram ofertas de eletrônicos “totalmente lícitos”, com nota fiscal e entrega rápida. Uma TV de 65 polegadas foi entregue, e o irmão da vítima, Luciano, comprou outra de 55 polegadas que também chegou. Tudo parecia regular.
  • Animado, o porteiro aceitou convite para atuar como vendedor da empresa Mais Milhas, registrada em nome de Wilson Real Rabelo, pai de Gustavo. A promessa de renda extra soava como uma oportunidade para quem já vivia no limite da renda.
  • Diversos produtos foram vendidos: iPhones 16 Pro Max, TVs e PlayStation 5. No início, as mercadorias chegavam, reforçando a credibilidade. Ao todo, cerca de 25 clientes fecharam compras.
  • Desesperado, Gustavo dizia que tudo seria resolvido novamente “com milhas”. Nada foi pago. Os produtos nunca chegaram. Em uma última versão, Gustavo alegou que os Correios teriam extraviado as mercadorias e que aguardava pagamento de um seguro, apresentando documentos falsificados.

Fuga e histórico criminal

O prejuízo estimado envolvendo a família ultrapassa R$ 165 mil apenas em mercadorias, suficiente para impactar quem depende de salário mínimo. Gustavo Real Rabelo fugiu de Balneário Camboriú. Segundo as vítimas, ele acumula cerca de 84 boletins de ocorrência por estelionato. As Polícias Civis do Distrito Federal (PCDF) e de Santa Catarina (PCSC) investigam o esquema, com potencial alcance em vários estados.

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O golpe se estendia para além de eletrônicos: a empresa também prometia pagamento de boletos com desconto, passagens aéreas e pacotes de viagens internacionais. Uma família chegou a perder R$ 150 mil em uma viagem à Alemanha que nunca existiu.

Enquanto as vítimas enfrentavam dívidas e desespero, Gustavo levava uma vida de luxo. Investigações indicam que o dinheiro foi convertido em patrimônio, incluindo veículos de alto padrão. Em março de 2024, a polícia apreendeu BMW 540i, BMW X5 e Land Rover, além de documentos e equipamentos eletrônicos. Bloqueios judiciais foram decretados e o prejuízo total ultrapassa R$ 1,5 milhão, segundo a Delegacia de Defraudações de Santa Catarina.

O outro lado
A reportagem tentou contato com Gustavo Real Rabelo por telefone e mensagens, sem retorno até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

Encerramento A investigação segue em andamento, com as autoridades reforçando a necessidade de as vítimas buscarem os seus direitos e das pessoas ficarem atentas a propostas que pareçam vantajosas demais para serem verdade. Comente abaixo sua opinião sobre o caso, experiências semelhantes ou perguntas para entender como evitar golpes como esse no futuro.

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