A Rússia afirmou nesta segunda-feira que as negociações com os EUA para pôr fim à guerra na Ucrânia vêm apresentando avanços lentos, além de denunciar tentativas de sabotagem por um grupo de Estados. O vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, disse que os progressos são lentos e que há ações extremamente prejudiciais por parte de um conjunto de governos que tentam atrapalhar o processo diplomático.
Riabkov elogiou a disposição do presidente dos EUA, Donald Trump, de buscar soluções que atendam às causas profundas do conflito e sejam duradouras. Ao mesmo tempo, criticou a postura de países europeus em relação ao plano apresentado por Washington, que, segundo Moscou, tem recebido resistência e propostas paralelas que não agradam a capital russa.
As novas negociações ocorreram neste fim de semana em Miami, com encontros separados entre equipes dos EUA, Rússia e Ucrânia. Embora a rodada não tenha produzido avanços significativos, as partes mantiveram um tom otimista, descrevendo as conversas como produtivas e construtivas e reiterando o objetivo comum de buscar uma saída para o conflito.
O plano de 28 pontos apresentado pelos Estados Unidos no mês anterior foi criticado por ser muito favorável à Rússia. Mesmo após ajustes realizados em conjunto com Kiev e aliados europeus, o conteúdo da proposta não foi divulgado. A Ucrânia afirma que persiste a exigência de concessões relevantes, como ceder toda a região leste do Donbass.
Os europeus, aliados de Kiev, apresentaram uma proposta paralela que previa enviar uma força multinacional à Ucrânia, garantias semelhantes às do Artigo 5 da Otan para Kiev e um exército ucraniano estimado em 800 mil soldados. Moscou já rejeitou tais elementos no passado, considerados inaceitáveis pelos russos.
Qual é a sua leitura sobre o caminho da paz na Ucrânia? Acredita que as negociações entre Rússia, EUA e Europa podem avançar de forma realista ou que as divergências vão exigir novas estratégias? Deixe sua opinião nos comentários e participe da conversa.

Facebook Comments