Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, afirmou ao Valor Econômico que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, devem encerrar 2025 em uma reaproximação após uma conversa “aberta, franca, sincera e direta”.
A relação entre Lula e Alcolumbre se desgastou após Lula indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF, contrariando a preferência de Alcolumbre por Rodrigo Pacheco. O episódio ampliou o distanciamento entre Alcolumbre e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Para Randolfe, o rompimento influenciou turbulências na base aliada, como o acordo articulado por Wagner com a oposição que abriu caminho para a aprovação do PL da Dosimetria, que reduz penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Com o Jaques Wagner, houve aversão. Eu tentei mediar”, disse Randolfe, acrescentando que Alcolumbre nunca condicionou a relação à ocupação de cargos, e que insinuções nesse sentido agravaram o desgaste.
Randolfe também ressaltou que não há distanciamento entre Alcolumbre e o governo, apenas divergência sobre a circunstância envolvendo Messias, e que tudo se resolve com conversa.
O senador criticou a condução da votação do PL da Dosimetria, dizendo ter alertado Wagner sobre os riscos do acordo e que o presidente Lula ficou surpreso com o desfecho. O chefe do Executivo ligou para Randolfe durante a votação para perguntar o que estava acontecendo.
Apesar das derrotas, Randolfe disse que o balanço do ano foi positivo para o Planalto, citando a aprovação de matérias centrais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Sobre as investigações de fraudes no INSS, afirmou que o esquema será enfrentado, lembrando que nenhum governo é imune à corrupção, mas o foco está no comportamento do governo diante do problema.
E você, acredita que Lula e Alcolumbre vão manter o diálogo e avançar na agenda em 2025? Compartilhe sua leitura nos comentários e participe da conversa.

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