Em disparada, ouro caminha para fechar 2025 com maior alta em 46 anos

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O ouro caminha para encerrar 2025 com a maior valorização em quase cinco décadas, impulsionado por uma combinação de incerteza global, decisões de política monetária e compras de bancos centrais. Os contratos futuros negociados em Nova York avançaram quase 71% no acumulado do ano, levando a cotação de cerca de US$ 2,6 mil por onça no início de 2025 para perto de US$ 4,5 mil por onça-troy em 24 de dezembro, atingindo recordes históricos.

A alta é alimentada pela instabilidade mundial: tarifas anunciadas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, contra várias economias, tensões entre EUA e China, e conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia e crises no Oriente Médio. Em momentos de incerteza, o ouro se consolida como porto seguro para investidores, impulsionando a demanda por esse ativo.

Outro fator relevante é a política monetária dos EUA. O Fed iniciou um ciclo de cortes de juros, com o Fomc reduzindo a taxa em 0,25 ponto percentual pela terceira vez consecutiva, para o intervalo entre 3,5% e 3,75%. Como o ouro não rende juros, ele tende a performar melhor quando o custo de oportunidade de manter ativos de renda cai.

A trajetória de alta também é sustentada pela atuação dos bancos centrais. A China, em especial, vem aumentando suas reservas de ouro para reduzir a dependência de ativos norte-americanos. Desde a invasão da Ucrânia, governos intensificaram esse esforço. Segundo o Conselho Mundial do Ouro, bancos centrais acumularam mais de mil toneladas de ouro por ano nos últimos três anos, bem acima das 400 a 500 toneladas anteriores, fortalecendo o papel do metal como reserva de valor.

No conjunto do ano, a trajetória é fortemente positiva: o ouro já mostrou valorização próxima de 71% em 2025, superando o desempenho de outros ativos. Enquanto isso, o mercado projeta novas alturas: analistas do JPMorgan estimam que o metal pode superar US$ 5 mil por onça-troy em 2026. Além do ouro, outros metais preciosos também exibem fortes ganhos, com prata em +146%, platina em aproximadamente +150% e paládio em cerca de +100%.

Diante de um cenário global ainda instável, o ouro permanece como um dos principais ativos de proteção de patrimônio, com perspectiva de manter a trajetória de alta e atrair atenções de investidores que buscam segurança em tempos de volatilidade.

E você, como vê o papel do ouro no seu portfólio para 2026? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre investimentos em metais preciosos e proteção de valor.

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