Richard Sellers/Sportsphoto/Allstar via Getty Images

Djibril Cissé, ex-atacante da seleção francesa, reacende a discussão sobre racismo no futebol ao recordar uma polêmica envolvendo o meia Enzo Fernández, do Chelsea. Em 2024, após a Copa América, Fernández participou de uma live no Instagram durante a comemoração com companheiros, em que cantaram uma música de cunho racista. Cissé acionou a memória do episódio em entrevista ao L’Équipe, afirmando não entender como os colegas franceses do Chelsea teriam perdoado o jogador.
A entrevista evidencia a indignação sobre o episódio e a exigência de responsabilidade em ações que lidam com raça e origem. O tom de Cissé reforça que atitudes desse tipo seguem gerando debate sobre o que significa realmente perdoar e acompanhar consequências ao longo da carreira de quem participa de gestos racistas.
O conteúdo da canção que viralizou durante a transmissão mostra letras que desconstroem identidade e origem. A música sugere contradições entre a herança dos jogadores e a ideia de nacionalidade, ressaltando que “eles jogam pela França, mas são de Angola” e mencionando temas sensíveis como criação, família e origem. Alegações desse tipo, ainda que em tom de brincadeira, costumam reacender discussões sobre o limite entre humor e preconceito no ambiente do futebol.
O contexto do episódio envolve a comemoração dentro do vestiário e uma live que se popularizou a partir de lembranças da Copa do Catar de 2022. O registro trouxe novamente à tona a necessidade de combate a discriminação dentro dos clubes, bem como a responsabilidade de jogadores e instituições ao lidar com conteúdo de ódio ou desrespeito a grupos. A repercussão só reforça a importância de agendas claras de educação antirracista no esporte.
A discussão atual sobre racismo no futebol envolve fãs, clubes e federações que precisam aplicar medidas consistentes para evitar que episódios semelhantes se repitam. Embora o episódio tenha ocorrido há meses, ele serve como alerta para que clubes mantenham políticas públicas de tolerância zero e promovam diálogo contínuo sobre inclusão, diversidade e respeito no futebol moderno.
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