O governo estadual e especialistas alertam que o rodízio de água pode entrar em vigor na Grande São Paulo em 2026, caso a escassez se agrave nos próximos meses. O Plano de Contingência elaborado pela SP Águas prevê chegar a setembro de 2026 com um patamar mínimo de 30% de reserva no Sistema Integrado Metropolitano, como salvaguarda diante de cenários de seca.
Até agora, o Sistema Cantareira recebe 20 m3/s, o equivalente a 40% da média histórica de dezembro (50 m3/s). O nível do reservatório está em 20,4%, abaixo dos 28% registrados em dezembro de 2013. No conjunto das represas que abastecem a Grande São Paulo, o índice é de 26,5% neste momento, frente a 42,1% naquela época, ainda com o Sistema São Lourenço inexistente na primeira metade da década passada.
A diferença apontada por especialistas e autoridades é que o sistema atual é mais resiliente, com integrações entre as barragens e transposições que chegam a 8 m3/s da bacia do Rio Paraíba do Sul para minimizar problemas.
Camila Viana, diretora-presidente da SP Águas, afirma que já foi traçado um plano de contingência observando todo o ciclo hidrológico, que se encerra no fim do terceiro trimestre de 2026.
“O rodízio é a última medida e depende de como se dá o comportamento dos reservatórios no período chuvoso. Em grande parte, está no horizonte e faz parte do planejamento das faixas de atuação, que depende agora de como a gente vai ter o comportamento no ciclo hidrológico.”
Sobre as obras, a presidente da SP Águas informou que a transposição do Itapanhaú para o Sistema Alto Tietê foi antecipada e já está em operação. Outras intervenções estão previstas para 2026, com o objetivo de evitar medidas mais restritivas como o rodízio.
E você, o que pensa sobre o rodízio de água como recurso de último caso para a cidade? Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe da discussão sobre a gestão dos recursos hídricos da região.

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