Resumo: os Estados Unidos prometeram 2 bilhões de dólares para a ajuda humanitária da ONU em 2026, cifra muito abaixo do que tem sido destinado nos últimos anos, em meio a cortes drásticos na política externa do governo de Donald Trump. A confirmação foi feita por um funcionário do Departamento de Estado e será oficializada numa coletiva em Genebra, com a presença de Tom Fletcher, chefe das operações humanitárias da ONU.
Em 2025, o apelo da ONU foi superior a 45 bilhões de dólares, mas apenas pouco mais de 12 bilhões foram financiados — o menor montante em uma década. Com isso, os fundos permitiram atender cerca de 98 milhões de pessoas, 25 milhões a menos que no ano anterior.
No início de dezembro, a ONU destacou a “apatia global” diante do sofrimento humano ao lançar o plano para 2026. O plano ajustado, chamado de hiperpriorizado, pede 23 bilhões de dólares para atender pelo menos 87 milhões das pessoas em maior risco, com reformas para tornar o sistema de ajuda mais eficiente. Tom Fletcher disse que as decisões difíceis visam convencer os americanos a manter o apoio.
Entre as crises prioritárias estão Gaza e a Cisjordânia, para as quais a ONU solicita 4,1 bilhões de dólares (22,7 bilhões de reais), para ajudar 3 milhões de pessoas. O Sudão receberia 2,9 bilhões (20 milhões de pessoas). Outras áreas em foco são Haiti, Myanmar, República Democrática do Congo (RDC) e Ucrânia, com o total de 23 bilhões para avançar nesses atendimentos.
Apesar de manter-se como o principal doador, os EUA registraram redução em 2025, com 2,7 bilhões de dólares, frente a 11 bilhões em 2024. A ONU aponta que cerca de 240 milhões de pessoas precisam de ajuda urgente e revela a necessidade de 33 milhões de dólares para apoiar 135 milhões em 2026. O plano hiperpriorizado busca, portanto, ajuste de recursos e eficiência para enfrentar essas demandas.
E você, qual é a sua opinião sobre o papel dos Estados Unidos na ajuda humanitária global? Deixe seu comentário abaixo e participe da conversa sobre prioridades da ONU e a resposta internacional para crises em 2026.

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