Zelensky quer mais do que os 15 anos de segurança oferecidos por Trump

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Após a reunião entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Mar-a-Lago (28/12), a questão territorial continua sendo o principal obstáculo para um consenso de paz. A Rússia exige concessões da Ucrânia e a incorporação de Donbass, região formada por Donetsk e Lugansk; a Ucrânia, por sua vez, afirma que esse território pertence ao país, segundo a Constituição.

Zelensky manifestou a intenção de obter garantias de segurança mais duradouras do que os 15 anos propostos, enquanto os EUA apresentaram um formato com 15 anos, com possibilidade de prorrogação. Trump declarou que há acordo em cerca de 95% das garantias, esperando que a Europa assuma parte substancial com o apoio americano.

Antes da reunião, Zelensky buscava flexibilizar a retirada completa das tropas ucranianas da Donbass, o que, conforme ele, significaria ceder áreas ainda sob controle de Kiev. O debate sobre Donbass permanece aberto, com a Rússia reivindicando laços históricos e a Ucrânia mantendo o controle constitucional sobre a região.

No front externo, o presidente francês Emmanuel Macron reconheceu avanços nas garantias de segurança e anunciou uma reunião da “coalizão dos voluntários” para o início de janeiro, em Paris, para definir as contribuições concretas de cada parte.

A discussão sobre o futuro do Donbass e a eventual suspensão da lei marcial dependem de garantias estáveis. Os EUA chegaram a propor a criação de uma zona econômica franca na região, mas o funcionamento efetivo não foi detalhado. Trump afirmou que os desfechos dos acordos devem surgir nas próximas semanas, com negociações entre Kiev, Washington e líderes europeus.

A Europa, por meio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou que os progressos devem consolidar um acordo de paz, com participação dos EUA e aliados. Um telefonema entre Zelensky e Putin também ocorreu, descrito como produtivo; Putin sinalizou que uma trégua de 60 dias, proposta pela Ucrânia e pela UE, prolongaria a guerra, e Kiev precisa tomar rapidamente uma decisão sobre Donbass.

Quanto à usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, os EUA sugeriram compartilhar o controle entre Rússia e Ucrânia, com reparos iniciados após um cessar-fogo local mediado pela AIEA. Enquanto isso, ataques russos atingiram Kiev e outras regiões, com quedas de energia em alguns bairros, lembrando que, segundo Trump, Putin busca a paz, apesar das tensões em curso.

Ao final do fim de semana, a discussão envolve novos territórios e o papel da União Europeia na garantia de segurança para Kiev, com planos de nova reunião entre representantes ucranianos, americanos e europeus na próxima semana, além de encontros programados para janeiro em Washington.

As negociações devem seguir nas próximas semanas, sem prazo definido para a implementação de pontos do plano de paz de 20 pontos. A situação na Ucrânia permanece tensa, com a Rússia intensificando ataques enquanto a Europa mantém o apoio à Ucrânia para buscar um acordo estável. E você, como enxerga o caminho mais provável para a paz? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão.

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