Geovanna Proque é presa após atropelar o namorado e a amiga em São Paulo; ciúmes e transtorno depressivo são indicados pela investigação
No último domingo, 28/12, Raphael Canuto Costa, 21 anos, planejava viajar para Minas Gerais com Geovanna Proque da Silva, também de 21, para comemorar um mês de namoro. A viagem foi interrompida quando Geovanna conduzia uma motocicleta, na zona sul de São Paulo, perseguindo Raphael e Joyce Correa da Silva, de 19 anos, que ia na garupa.
A dupla foi atingida pelo carro de Geovanna. Raphael e Joyce morreram no local. Uma câmera de segurança capturou o momento do ataque, que ocorreu pouco antes da viagem programada. As imagens e depoimentos compõem a linha inicial da apuração policial.
Acompanhamento psiquiátrico aponta que Geovanna possui Transtorno Depressivo Grave, com tratamento iniciado em julho deste ano e internação no Hospital do Mandaqui, na zona norte. Ela continua em uso de psicofármacos, como Clonazepam e Escitalopram, além de sessões semanais de psicoterapia. Os laudos indicam humor deprimido, anedonia, fadiga, hipersonia e isolamento, impactando a rotina acadêmica e profissional. O quadro levou ao afastamento do trabalho por cerca de 60 dias.
Segundo a apuração, o crime teve motivação de ciúmes. Testemunhas e a Polícia Civil relatam que Geovanna acelerou o carro após mensagens recebidas via WhatsApp, que indicavam descontentamento com a presença de outras mulheres. Ela teria ido até a residência do namorado com a madrasta, Raphael teria saído para dar uma volta de moto, e Geovanna, em seguida, seguiu o rapaz até uma adega, onde Joyce se juntou a ele na garupa. A perseguição terminou com o atropelamento.
Geovanna foi presa em flagrante, apresentando sinais de sonolência, mas consciente. Ela admitiu o uso de antidepressivos e já relatou tentativas anteriores de se tirar a própria vida. Encaminhada à Assistência Médica Ambulatorial (AMA) do Jardim Pirajussara, a jovem permaneceu à disposição da Justiça. A audiência de custódia converteu o flagrante em preventiva, e Geovanna está na Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo. Ela responde por duplo homicídio qualificado por motivo fútil e pelo uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O caso é registrado no 37° Distrito Policial de Campo Limpo.
A Polícia Civil e a Justiça continuam investigando o caso, que envolve grave violação e uma sequência de eventos que culminaram na morte de duas pessoas. O andamento processual e novas informações devem ser acompanhados pelas autoridades competentes, com atualizações à medida que surgirem provas adicionais.
Como você interpreta essa trama de ciúmes, violência e saúde mental? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas perguntas ou observações sobre o que falta esclarecer neste caso.




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