O governo brasileiro informou que segue atuando com a China, em nível bilateral e na Organização Mundial do Comércio (OMC), para mitigar o impacto das novas regras de salvaguarda que limitam a importação de carne bovina.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MIDC), o tema é acompanhado com atenção e há cooperação com o setor privado para preservar os interesses de produtores e trabalhadores do setor.
O MIDC ressalta que o setor pecuário brasileiro tem contribuído de forma consistente para a segurança alimentar da China, oferecendo produtos sustentáveis e competitivos, sob rigorosos controles sanitários.
Novos mercados são centrais na estratégia. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a tarifa sobre a carne bovina promovida pela China não é tão preocupante e que o Brasil está relativamente bem preparado, especialmente após a abertura de mercados promovida pelo governo Lula, inclusive após as tarifas impostas pelos EUA.
“Neste gobierno do presidente Lula, abrimos 20 mercados para carne bovina por todo o mundo, também ampliamos mercados que já estavam abertos”, ressaltou o ministro.
Entenda as tarifas impostas pela China: a China anunciará cotas de importação de carne bovina para 2026, totalizando 2,7 milhões de toneladas, com ampliações anuais. O Brasil fica com a maior cota entre os fornecedores, 1,1 milhão de toneladas por ano; se as importações excederem as cotas, as tarifas chegam a 55%. A medida começa em 1º de janeiro e terá duração de três anos, atingindo o mercado global sem colocar o Brasil em desvantagem competitiva.
A relação entre Brasil e China na carne bovina mostra como questões sanitárias, comerciais e de mercado se cruzam, exigindo adaptação de produtores e políticas públicas. Comente abaixo sua visão sobre esses desdobramentos e seus impactos na economia regional.

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