Em mensagem de Ano-Novo, chanceler alemão alerta para plano da Rússia

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

Friedrich Merz divulgou seu pronunciamento de fim de ano, em que alerta que o risco de conflito no continente leva a Europa a defender seus interesses para garantir paz e prosperidade em 2026. Entre os principais desafios que ele aponta estão a agressão da Rússia, o protecionismo global e as mudanças nas relações com os Estados Unidos.

Segundo Merz, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia representa uma ameaça direta à liberdade e à segurança do continente. Ele disse que a agressão russa faz parte de um plano para atingir toda a Europa e afirmou que a Alemanha enfrenta diariamente atos de sabotagem, espionagem e ciberataques.

Merz, que assumiu o cargo de chanceler em maio, destacou os esforços da União Europeia para apoiar a Ucrânia após a invasão de 2022. Desde 2023, o governo alemão vem aumentando seus gastos com defesa e armamentos para melhorar a dissuasão.

O chanceler também defende reduzir a dependência da China, revitalizar a economia voltada para exportações e gerenciar as tensões comerciais globais provocadas pela política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump. A relação com Washington sofreu abalo com o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro.

Merz afirma que a Europa deve ser guiada pela confiança, não pelo medo, e que 2026 pode ser um marco para a Alemanha e para a região, com a possibilidade de retomar décadas de paz, liberdade e prosperidade por meio de projetos estratégicos e da capacidade europeia de enfrentar desafios por si mesma.

No âmbito interno, ele mencionou o avanço da extrema direita, a importância de manter processos democráticos e a necessidade de reformas econômicas e sociais para criar um novo equilíbrio nos sistemas de seguridade social, assegurando sua viabilidade financeira a longo prazo.

Quanto à Ucrânia, as negociações de paz, apoiadas pelos EUA, enfrentam revés; Moscou acusa Kiev de ataques com drones a uma residência de Putin, enquanto Kiev afirma que não há provas suficientes. Os combates continuam, com danos em Odessa e feridos, incluindo crianças, em ataques russos. Encontros internacionais estão marcados para janeiro, com uma reunião na França em 6 de janeiro entre aliados de Kiev e um encontro em 3 de janeiro com conselheiros de segurança.

E você, qual é a sua leitura sobre o papel da Europa diante desses desafios? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre o futuro da região em 2026.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

O Réveillon de Lula em Copacabana

Réveillon de Lula no Rio: base naval, Janja e planos de fogos em Copacabana O presidente Lula passará o Réveillon de 2025 para 2026...

Violência no Brasil é maior do que em guerra sangrenta no Sudão

Palavras-chave: violência no Brasil, ACLED, Sudão, crise humanitária, homicídios dolosos, segurança pública. Mesmo não sendo oficialmente uma nação em guerra, os níveis de violência...

“Estamos todos exaustos”, diz Carlos após nova cirurgia de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado no Hospital DF Star, em Brasília, após uma cirurgia para hérnia inguinal bilateral e intervenções adicionais para...