Palavras-chave: violência no Brasil, ACLED, Sudão, crise humanitária, homicídios dolosos, segurança pública.
Mesmo não sendo oficialmente uma nação em guerra, os níveis de violência no Brasil superam os de países que vivem conflitos prolongados, como o Sudão.
O Sudão vive uma das piores crises humanitárias do mundo, com cerca de 50 milhões de sudaneses enfrentando uma disputa pelo poder desde 2023 entre as Forças Armadas (FAS) e as Forças de Suporte Rápido (RSF). A ONU estima que cerca de 150 mil pessoas, entre militares e civis, já morreram, e mais de 12 milhões foram forçadas a deixar suas casas.
Apesar desses números, indicadores apontam que a violência no Sudão é menor do que no Brasil, segundo o projeto ACLED, que avalia letalidade, difusão geográfica, perigo para civis e número de grupos armados.
No Brasil, o painel do ACLED mostra um cenário ainda mais grave. Em 2024, foram registrados 35.365 homicídios dolosos, com 97 pessoas assassinadas por dia, 40.874 tentativas de homicídio e 729 casos de lesão corporal seguida de morte. Esses dados ajudam a explicar por que o Brasil figura entre os países mais perigosos do mundo.
Segundo o ACLED, de janeiro a novembro de 2024 foram 9.305 casos de violência no Brasil, com 4.449 civis atingidos. No Sudão, as ocorrências chegaram a 3.650 no mesmo período, com 1.530 civis vitimados. Os lugares no topo do ranking são nações que enfrentam guerras recentes, como Palestina, Mianmar e Síria; outros países também registram problemas ligados a organizações criminosas e jihadistas.
Entre dezembro de 2024 e novembro deste ano, Ucrânia e Rússia apresentaram níveis de violência menores do que o Brasil, mesmo com anos de conflito no Leste Europeu. Em relação à América do Sul, o Brasil recuou uma posição na lista, sendo ultrapassado pelo Equador, liderado por Daniel Noboa, que enfrenta uma crise de segurança impulsionada por organizações criminosas. O presidente equatoriano chegou a buscar apoio de Erik Prince, empresário norte-americano ligado ao ramo de mercenários, para conter a violência.
A leitura dos dados do ACLED aponta ainda que a violência no Brasil é influenciada por fatores como atuação de organizações criminosas e conflitos regionais que afetam civis e recursos. O ranking destaca que países com guerras ativas costumam liderar a lista, mas o Brasil figurar entre os mais perigosos reforça a necessidade de políticas públicas eficazes de segurança e combate ao crime organizado.
A crise no Sudão também evidencia uma complexidade humanitária relevante para a indústria global de notícias: milhares de pessoas dependem de ajuda humanitária, serviços básicos, proteção e abrigo. A comparação entre Brasil e Sudão serve para entender dinâmicas de violência distintas, mas igualmente alarmantes, que exigem atenção de governos, sociedade civil e imprensa.
A situação no Sudão, embora distinta, reforça a necessidade de acompanhar a violência global e entender como diferentes contextos impactam civis, economia e assistência humanitária. O Brasil, por sua vez, segue em evidência nos encontros internacionais sobre segurança pública, com números que solicitam ações firmes contra o crime organizado e estratégias de proteção às comunidades.
Para você, quais medidas seriam mais eficazes para reduzir a violência no Brasil nos próximos anos? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe do debate sobre soluções reais para um cenário de segurança pública mais estável.






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