O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) marcou nova assembleia extraordinária para a segunda-feira (30/5), às 10h, em Betim. Insatisfeitos com os reajustes da Petrobras, os caminhoneiros colocarão em votação a possibilidade de greve por tempo indeterminado e pretendem intensificar o debate acerca do preço do óleo diesel.
O último aumento do combustível ocorreu em 9 de maio, com o litro passando de R$ 4,51 para R$ 4,91 nas distribuidoras ??? reajuste de 8,87%. O diesel já acumula alta de 47% nas refinarias da Petrobras em 2022. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o produto já passa de R$ 7 nos postos.
O presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, diz que a assembleia na categoria se faz necessária porque inviabiliza a continuidade do transporte rodoviário.
“As medidas adotadas até agora pelos governos federal e estadual e pelo Congresso Nacional não resolvem o problema, apenas tapam o sol com a peneira. A solução da questão passa pela extinção da Paridade de Preço de Importação (PPI), adotada pela Petrobras, em 2016, no governo de Michel Temer. ?? preciso voltar ao que era antes de 2016, pois o mercado brasileiro não tem capacidade de suportar a precificação baseada na cotação internacional.???
No último dia 13, o sindicato, junto com entidades representativas dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia e Espírito Santo, decidiu conceder 30 dias de prazo para que os governos federal e estaduais e a Petrobras apresentem propostas para a redução dos preços dos combustíveis.
No dia 17, a diretoria do Sindtanque-MG chegou a ser recebida pelo secretário de Estado de Fazenda e pela secretária-adjunta de Planejamento de Minas Gerais, entre outros representantes do governo estadual, mas nenhuma proposta foi apresentada ao setor.
“Além disso, o governo federal, que é dono de cerca de 30% da Petrobras, precisa decretar calamidade econômica no setor de combustíveis, devido aos altos custos do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. E, diante disso, transformar sua parte na Petrobras em um fundo para achatar a curva do aumento dos combustíveis”, propõe o dirigente sindical.
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