Com vitória de Petro, esquerda governará oito países da América do Sul

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O ex-guerrilheiro e senador colombiano Gustavo Petro acaba de ser eleito presidente, em disputa acirrada no segundo turno contra o opositor, Rodolfo Hernández. Dessa forma, oito países da América do Sul passam a ser governados por líderes declaradamente de esquerda.
Petro conquistou 50,49% dos votos válidos, enquanto seu rival obteve 47,26%. Antes dele, o antigo líder estudantil Gabriel Boric tomou posse no Chile em 11 de março de 2022 e Pedro Castillo, no Peru, em 28 de julho de 2021.
Os outros países da região comandados por mandatários de esquerda são: Argentina (com Alberto Fernández), Bolívia (Luis Arce), Guiana (Irfaan Ali), Suriname (Chan Santokhi) e a Venezuela, regime ditatorial onde Nicolás Maduro está no poder desde 2013. Há também o caso do México, considerado como parte da América Latina. O país é comandado por Andrés Manuel López Obrador.
Mais sobre o assunto São quatro as nações da América do Sul com presidentes considerados de centro-direita ou direita: Brasil (governado por Jair Bolsonaro), Equador (chefia pelo banqueiro Guillermo Lasso), Paraguai (com Mario Abdo Benítez) e Uruguai (que elegeu Luis Alberto Lacalle Pou no fim de 2019).
A depender do resultado das eleições de outubro deste ano, o Brasil também pode ter uma mudança na linha ideológica do governo federal, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente nas pesquisas de intenção de voto, vença o pleito.
Cenário em 2018 Da última vez que os brasileiros se preparavam para ir às urnas, o cenário no continente era diferente e mais pulverizado. Líderes de oito países se identificavam como direita ou centro-direita (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Guiana, México, Paraguai e Suriname), enquanto outros cinco se declaravam de esquerda ou centro-esquerda (Bolívia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela).
O Brasil era governado por Michel Temer (MDB). O empresário Mauricio Macri chefiava o Executivo argentino. Já Sebastián Piñera estava à frente do governo chileno, onde exerceu dois mandatos: de 2010 a 2014 e de 2018 a 2022.
O presidente da Colômbia à época, Iván Duque Márquez, continua no cargo. Enrique Peña Nieto, no México, finalizou o mandato de seis anos em 2018. No Paraguai, o mandatário era o polêmico Horacio Cartes, um dos homens mais ricos do país e que teve mandado de prisão expedido pela Operação Lava Jato.
Os líderes à esquerda eram Evo Morales, da Bolívia; Lenín Moreno no Equador; Tabaré Vazquez no Uruguai , falecido em dezembro de 2020. Martín Vizcarra, do Peru, que sofreu impeachment assim como seu antecessor Pedro Pablo Kuczynski. Nicolás Maduro, da Venezuela, está no comando do país desde 2013.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
O post Com vitória de Petro, esquerda governará oito países da América do Sul apareceu primeiro em Metrópoles.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Governo Lula deve editar medida provisória para liberar dinheiro ao RS

MATHEUS TEIXEIRABRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo Lula (PT) deve publicar nos próximos dias uma Medida Provisória para viabilizar o envio de recursos ao Rio Grande do Sul, que vive uma tragédia ambiental e já contabiliza ao menos 37 mortes. O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou que o Executivo federal ainda não

Campanha de Lula para Boulos expõe fraturas na base e obstáculos para 2026

CAROLINA LINHARES E JOELMIR TAVARESSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pedido de voto do presidente Lula (PT) no seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), durante o evento do 1° de Maio expôs fraturas na base de apoio do petista no Congresso Nacional e dificuldades para 2026. Enquanto o PT e siglas

Após 4 dias de chuvas, governo Lula autoriza envio da Força Nacional para o RS

RAQUEL LOPESBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta sexta-feira (3) o envio de 100 agentes da Força Nacional para o Rio Grande do Sul. A medida integra a ação coordenada do governo de auxílio às vítimas das enchentes na região. O estado enfrenta fortes chuvas desde segunda-feira