CPI da Petrobras: veja o que pensam os políticos sobre o assunto

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras e os preços dos combustíveis adotados pela estatal está caminhando na Câmara dos Deputados. A ação vem repercutindo no mundo político.

De um lado, políticos alinhados com a esquerda acusam o presidente de tentar desviar a atenção da alta dos preços dos combustíveis tendo em vista a chegada das eleições. Já políticos alinhados com o presidente, apoiam a decisão e afirmam que o governo precisa investigar casos de corrupção dentro da empresa.
Mais cedo, nesta terça-feira (21/6), o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), começou a recolher as 171 assinaturas para a instauração da CPI. Ele diz ter já ter conseguido 65.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que não vê a “mínima razoabilidade” para a abertura de uma CPI contra a Petrobras.

Ao sair do Supremo Tribunal Federal (STF), onde reuniu-se para um café da manhã com o ministro Luiz Fux, Pacheco disse a jornalistas que não cabia a ele, como presidente do Senado, opinar sobre iniciativas da Câmara dos Deputados, mas que pessoalmente não era favorável à ideia.

LEIA TAMB�?M: Bolsonaro sinaliza CPI da Petrobras: ‘Vamos para dentro’

“Acho que não tem a mínima razoabilidade de uma CPI em um momento desse, por um fato desses. Acho que há outras medidas, inclusive de índole legislativa e do Poder Executivo, muito mais úteis para resolver o problema que uma CPI.�?�
No Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiu a notícia. �??Nós não temos uma governança normal nesse país. Essa CPI da Petrobrás é uma absurdo. Bolsonaro todo dia quer jogar a responsabilidade da sua incapacidade em cima dos outros.�?�

Quem também repercutiu o assunto foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Para ela, essa é mais uma tentativa do presidente de privatizar a estatal. �??A CPI da Petrobras é mais uma tentativa de desviar a atenção de quem é o verdadeiro responsável pelos preços extorsivos dos combustíveis, o governo Bolsonaro�?�, disse.
�??Para baixar os combustíveis tem de mudar a política de preços. Querem criminalizar a empresa para privatizar! Irresponsáveis�?�, completou.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) também repudiou a ação. Para ele, a CPI faz parte de um �??teatrinho�?�.
�??O governo da morte, da milícia, da miséria, da mamata e da mentira monta o teatrinho de CPI. Enquanto faz fumaça, os preços do gás, do diesel e da gasolina seguem aumentando. Cadê a [caneta] bic do presidente, o Centrão levou?�?�, disse Calheiros.
Apesar das críticas, apoiadores do presidente incentivam a criação da nova CPI. Segundo o filho �??02�?� e vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), �??fizeram de tudo para implementar a CPI da COVID�?� mas, agora, são contra a da Petrobras.
O também filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi ao Plenário discutir o assunto. �??Eu estou vendo vários deputados do PT dizerem que o presidente é culpado pela alta dos combustíveis. E que poderia fazer assim ou assado. Mas eles não têm moral porque foram eles que assaltaram a empresa. Petista falando da Petrobras é piada�?�, afirmou.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

STF derruba condenação de delegado por crítica

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou indenização por danos morais que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) havia imposto ao delegado de Polícia Civil Flávio Stringueta por afirmar que o Ministério Público do Estado era uma "vergonha nacional". A decisão de Fachin foi assinada no bojo de uma reclamação

MP pede condenação do ministro Renan Filho por abuso de poder em eleição

(FOLHAPRESS) - Uma representação do Ministério Público Eleitoral em Alagoas concluiu pela condenação do ministro de Transportes, Renan Filho, e do governador de Alagoas, Paulo Dantas, ambos do MDB, por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022. O parecer da procuradoria conclui que houve uso da máquina pública com fins eleitorais na implementação

Lula pede voto em Boulos em ato esvaziado do 1º de maio; lei eleitoral veda

Um evento esvaziado, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo para marcar o 1.º de Maio, tornou-se palco explícito de campanha eleitoral antecipada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu votos e chamou de candidato o ainda pré-candidato à Prefeitura Guilherme Boulos (PSOL), que estava a seu lado, num palanque no estádio do Corinthians