Afastado, Tigre acusa Juazeirense de contratá-lo para retirar ação trabalhista

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Afastado pelo clube (leia aqui), o goleiro Tigre acusa a Juazeirense de contratá-lo apenas com o intuito de chegar a um acordo para que a ação trabalhista, movida pelo atleta contra a agremiação, fosse retirada da Justiça. Em contato com o Bahia Notícias, o atleta, de 36 anos, negou ter cometido qualquer ato de indisciplina.
 
“Eu tenho uma ação na Justiça contra a Juazeirense desde 2019. Eu estava em casa, sem trabalhar na pandemia e o presidente Roberto Carlos me ligou querendo que eu voltasse. Então, achei que era para trabalhar, mas o intuito dele era me trazer para tentar fazer um acordo pela ação que eu tinha contra o clube”, declarou, em entrevista ao BN. “Acabou que eu cheguei aqui fui humilhado e estou sendo até agora. Também estou sendo assediado moralmente, porque ele falou que eu não treino todos os dias e não cumpro meus horários e minhas obrigações”, continuou.
 
Titular da campanha de acesso à Série C em 2017, o goleiro Tigre estava sem clube quando acertou o retorno ao Cancão de Fogo em março deste ano. No entanto, ele ainda não entrou em campo na atual temporada nem sob o comando de Quintino Barbosinha, o Barbosinha, que dirigiu o time até o início deste mês de junho, e nem com o atual treinador Agnaldo Liz.
 
“O treinador que estava aqui [Barbosinha] falou para mim que para ser relacionado, eu teria que me resolver com ele [Roberto Carlos]. No caso, eu só seria relacionado se aceitasse o acordo que o clube queria fazer. O treinador que está aqui agora [Agnaldo Liz] me falou a mesma coisa, que eu tinha que me resolver primeiro com o clube para estar na relação”, declarou. “Eles estão fazendo de tudo para que eu aceitei o que querem, só que tem que ser bom para ambas as partes e é o que não está acontecendo”, completou.
 
O arqueiro também negou que tenha sido flagrado consumindo bebida alcóolica.
 
“Espero que eles provem essa versão que eu estava consumindo bebida alcóolica na casa”, resumiu.
 
Em contato com o Bahia Notícias, o presidente da Juazeirense, Roberto Carlos, afirmou que os fatos relatados por Tigre não são verdadeiros.
 
“Você acha que eu ia colocar um jogador que tem uma ação contra a Juazeirense e não fazer o acordo antes? Ele foi contratado para servir a equipe. Foi um jogador importante para a Juazeirense nos anos que jogou com a gente. Foi contratado para servir, e não pela questão jurídica. Não procede nada disso”, argumentou. 
 
O gestor afirmou ainda que o jogador teve dificuldade para lidar com a balança, e que por isso não atuou em nenhuma partida pelo Cancão. “Ele inclusive foi relacionado para o jogo contra a equipe do Vasco, na Copa do Brasil. Estava em condições físicas melhores, mas relaxou, engordou, e cometeu uma indisciplina terrível”, disse. 
 
No momento, a Juazeirense disputa a Série D, onde ocupa a quinta colocação do grupo A4 com 13 pontos. O próximo desafio do Cancão de Fogo será no domingo (3), às 16h, para encarar o Santa Cruz, no Arruda, pela 12ª rodada.

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