Homem morto e que fingia ser PM tinha vários inimigos, diz testemunha

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O homem que morreu após ser executado com pelo menos nove tiros na distribuidora de bebidas Barril 99, na VC 311, Chácara 99, Conjunto A, no Sol Nascente, tinha extensa ficha criminal por estelionato, furto e apropriação indébita. José Nilton Francisco Lopes, 39 anos (foto em destaque), também se passava por policial militar para aplicar golpes.

Segundo as investigações, ele estava sentado no comércio quando foi surpreendido por um criminoso mascarado, que chegou ao local em uma motocicleta. O homicídio ocorreu na noite de sexta-feira (8/7).

Em depoimento à polícia, um amigo da vítima informou que ele trabalhava com conserto de veículos automotores, mas tinha problemas com os clientes. Segundo ele, há cerca de um mês e meio, um homem armado apareceu na casa do mecânico alegando ter entregue o carro para Lopes consertar e, desde então, ele não havia cumprido o serviço, mesmo já tendo lhe pagado R$ 1,8 mil.

Na abordagem, o indivíduo estava acompanhado por outras quatro pessoas, as quais estavam de roupas pretas e ficaram de longe, só observando e recebendo o sinal de positivo.

Após o ocorrido, o amigo de Lopes teria o comunicado sobre a cobrança desse cliente. Porém, ele disse que ???não daria em nada, pois conhecia esse rapaz???. Os amigos e familiares alegam não ter conhecimento de que a vítima estaria sofrendo ameaças, mas acreditam que o crime pode estar ligado a esse fato.

Segundo testemunha, na ocasião do homicídio, José Nilton estava acompanhado de duas moças, sendo que em determinado momento uma delas saiu do local. Momentos depois, um homem vestido com moletom e bermuda preta, usando capacete, se aproximou pelas costas da vítima e efetuou os disparos. O autor fugiu em uma moto.

No local, ficaram dois celulares que seriam da vítima. As investigações trabalham com a hipótese de que nos aparelhos estejam as mensagens das ameaças feitas contra ele.

O veículo VW Amarok, em poder da vítima no momento do crime, também foi apreendido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso é investigado pela 19ª DP (Ceilândia).

Ao Metrópoles, um parente, que preferiu não se identificar, afirmou que desde os 15 anos José estava envolvido em crimes. ???Ele tinha uma vida torta, vivia enganando as pessoas. A gente sabia que em algum momento iriam pegá-lo, pois tinha vários inimigos???, comenta.

De acordo com o familiar, ao longo dos anos, o mecânico foi preso oito vezes por crimes como falsidade ideológica, estelionato e porte ilegal de documento falso. Ele passou um tempo morando em Goiânia e Bahia, mas havia voltado para o DF há três meses.

???Ele sabia trabalhar como mecânico, mas enganava os clientes. Tinha muita gente cobrando dinheiro dele. Até de mim já roubou, só que a gente vai relevando porque quer que a pessoa se conserte, mude de vida. Ele teve muitas chances, mas nunca quis entrar no caminho certo???, lamenta o irmão.

Problema com clientes Em março deste ano, um cliente de José Nilton procurou a polícia para denuncia-lo após ter contratado o serviço do mecânico. O denunciante afirmou que havia pago R$ 1.82o por serviços que não foram sequer iniciados no veículo.

Além disso, o contratante afirmou que o homem tinha parado de atender ligações telefônicas e mensagens. Por fim, acrescentou que o cabeçote do veículo continuava em posse do autor.

Por meio de publicação no Facebook, um homem também declarou ter sido enganado pelo mecânico. ???Já deixei meu carro em uma oficina que ele trabalhava no Setor O, além de passar a noite andando no carro, ainda cobrou pelas peças sem ter efetuado a troca???, declarou.

???Tudo indica que a vítima era um estelionatário. Porém, as investigações ainda estão no início. A equipe tem trabalhado para apurar mais informações que possam elucidar o caso???, informou o delegado-chefe da 19º DP, Vander Braga.

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