Prefeitura de João Monlevade vai à justiça para reaver valores de golpe

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A prefeitura de João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, entrou com ação judicial pedindo a devolução dos valores correspondentes a um golpe sofrido pela Câmara Municipal em 26 de janeiro deste ano.
 
O documento requer que a Caixa Econômica Federal ressarça o Legislativo monlevadense em R$ 149.998,98, com juros e correção monetária.
 

Apesar do golpe ter sido dado no Legislativo, a prefeitura precisou entrar com a ação pois as Câmaras Municipais não possuem personalidade jurídica própria.

 

A ação foi movida contra a Caixa porque, de acordo com o Executivo de João Monlevade, o golpe aconteceu por um ataque hacker e as instituições financeiras têm a responsabilidade de garantir a segurança das transações efetuadas.

O golpe

O golpe aconteceu no último dia 26 de janeiro, quando uma pessoa que se dizia funcionária da Caixa, entrou em contato com uma servidora do setor contábil da Câmara Municipal de João Monlevade, por telefone, alegando que era necessário fazer uma atualização no site do banco, pois o endereço eletrônico estava apresentando instabilidade e fragilidade no módulo segurança.
 

A funcionária teria, então, seguido as orientações do suposto funcionário.
 
De acordo com a servidora, assim que finalizou os procedimentos solicitados, a ligação caiu.
 
Logo em seguida, a funcionária entrou em contato com o gerente da agência da Caixa em João Monlevade, que constatou, ao verificar a conta, que quatro transferências indevidas, totalizando cerca de R$ 200 mil, foram realizadas.
 

Uma das transferências, que totalizava R$ 49.979,99, foi automaticamente estornada pelo sistema da Caixa Econômica.
 
Já as outras três foram feitas para diferentes contas do banco Santander. O gerente acionado pela servidora entrou em contato com o segundo banco e conseguiu bloquear uma transferência no valor de R$ 44 mil.

 

Visando a recuperação total do dinheiro, a Caixa abriu contestação referente à movimentação suspeita, além de enviar notícia crime para a Polícia Federal, que abriu investigação para identificar os criminosos e tentar recuperar os valores.
 

A Câmara, por sua vez, abriu Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, mas as contestações da servidora enganada não foram acatadas pela instituição bancária.
 
O presidente da Casa, Gustavo Maciel (Podemos), instaurou sindicância interna para apurar o fato.

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