Então secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, firmou, em 1º de novembro de 2018, um contrato sem a assinatura do então presidente da entidade, o coronel Nunes.
De acordo com o blog do jornalista Juca Kfouri, do Uol, o termo, que acertou a prestação de serviços com a AAG Serviços de Assessoria e Apoio Administrativo Ltda., fere o parágrafo 1 do artigo 7 da CBF, que diz que “o secretário-geral jamais poerá ser o substituto legal”.
Essa prerrogativa, como está previsto no artigo 61, é exclusiva do vice-presidente.
Ainda segundo o blog, a AAG pertence ao ex-secretário particular de Ricardo Teixeira, Alexandre Silveira, que passou a receber R$ 6 milhões mensalmente.
Silveira era visto como o “dono de segredos da CBF”, e serviu Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero por duas décadas.
Em resposta, Feldman afirmou que “Nunca assinamos, contratamos, admitimos sem assinatura do presidente. Nossa subordinação era absoluta e autonomia zero”. A afirmação é contrariada pelo contrato, que está assinado por ele.
O secretário foi demitido pelo atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em junho de 2021, quando este assumiu o cargo de forma interina. Para o seu lugar, foi contratado Eduardo Zebini.
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