‘Se não estivéssemos na federação, lançaríamos candidato’, diz presidente do PCdoB-BA

Publicado em

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O caso da escolha do suplente do senador Otto Alencar (PSD) ainda causa confusão na federação formada por PT, PCdoB e PV aqui na Bahia. A escolha do ex-prefeito de Ibotirama, Terence Lessa (PT), não foi bem aceita pelas siglas aliadas, que fizeram críticas abertas à condução das articulações por parte dos petistas (relembre aqui). De acordo com o presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, o partido teria lançado uma candidatura própria ao Senado caso não houvesse a obrigação legal de vinculação.

 

“Isso não foi tratado conosco. Esse processo foi atropelado e foi uma das consequências ruins de estar em uma federação. Porque, se não estivéssemos na federação, lançaríamos um candidato, como já fizemos no passado”, afirmou Davidson, na tarde desta segunda-feira (15), em entrevista ao podcast Projeto Prisma.

 

“Nós não temos essa posição de ser uma força auxiliar. Nós temos uma história, um programa e um compromisso histórico que não se confunde com os outros partidos. Do ponto de vista político, em certas circunstâncias, nós nos unimos para fazer certos enfrentamentos, mas nós temos programas distintos”, continuou o presidente estadual do PCdoB.

 

Para Davidson, a federação entre os partidos de centro-esquerda não começou bem na Bahia, devido à ausência de discussões.

 

“Do ponto de vista nacional, está funcionando. A experiência nacional tem sido boa, na elaboração do programa de Lula, na discussão dos rumos da campanha de Lula. Mas a federação aqui, ainda não existe a compreensão de que, para se formar uma federação e se construir um bloco histórico, não é o programa de um se impor aos demais”, criticou.

 

“O processo eleitoral na Bahia começou sempre meio atropelado. O desaguadouro dele foi essa montagem da chapa com a suplência do Senado, que não foi discutida como no passado havia sido discutida”, disse o comunista.

 

Davidson, entretanto, diz acreditar que ainda há tempo para um amadurecimento da relação entre PT, PCdoB e PV, que teriam muito mais concordâncias do que discordâncias políticas.

 

“Claro que, nesta conjuntura, nesta atual etapa histórica, nós temos muito mais pontos de convergência do que divergência. Por isso, formou a federação. Ainda haverá amadurecimento. A gente ainda vai chegar a um nível em que chegaram outras conjugações de forças”, finalizou.

 

PT, PCdoB e PV formam, no dia 24 de junho, a federação “Brasil da Esperança” (relembre aqui). De acordo com a legislação eleitoral, os três partidos devem seguir atuando juntos pelos próximos quatro anos, incluindo as eleições municipais de 2024.

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Time de Tabata tem aliados de Alckmin, membros do governo Lula, mãe de Huck e filha de Temer

A deputada Tabata Amaral (PSB) formou uma equipe para elaborar seu plano de governo para a Prefeitura de São Paulo com aliados do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), técnicos que atuaram em gestões do PSDB na capital e no Estado e integrantes e ex-integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também integram o grupo

Gleisi responde a partidos que criticaram pedido de voto de Lula em Boulos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu as ameaças de representantes de partidos da base aliada de rediscutir a relação com o governo Lula, após o pedido feito pelo presidente de voto em Guilherme Boulos (PSOL) no ato das centrais sindicais do Dia do Trabalho. "Nem o presidente Lula, nem

Lula garante recursos para o Rio Grande do Sul, atingido por temporais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (2), que não faltarão recursos do governo federal no socorro à população do Rio Grande do Sul e na reconstrução de municípios gaúchos atingidos por tempestades e enchentes desde o início da semana. Lula e uma comitiva de ministros desembarcaram hoje em Santa Maria (RS)