Estado de Minas é finalista do Premio Sebrae de Jornalismo

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O Estado de Minas é finalista do 9º Prêmio Sebrae de Jornalismo. A série de reportagens A Força do Pequi, de autoria do repórter Luiz Ribeiro, foi classificada para a final da premiação. Os vencedores na etapa Minas Gerais serão anunciados no dia 28 de setembro, em cerimônia na sede do Sebrae em Belo Horizonte.

 

Nessa quarta-feira (17/08) foram divulgados os finalistas do concurso, que, além do fotojornalismo, contempla trabalhos nas categorias Jornalismo em Texto, Vídeo e Jornalismo em Áudio.

Os vencedores na etapa regional vão representar o estado na competição nacional. Minas Gerais foi o segundo estado com maior número de trabalhos concorrendo, atrás apenas de São Paulo.

 

A série de reportagens A Força do Pequi, que reúne o conjunto de fotos escolhido como finalista do Prêmio Sebrae, foi publicada no período de 12 a 14 de setembro de 2021.

 

O trabalho jornalístico mostrou que o pequi tornou-se protagonista  de uma luta travada entre três estados ??? Minas Gerais, Goiás e Tocantins ??? para associar seu território ao valor cultural e socioeconômico do fruto que simboliza a diversidade do Cerrado, gera emprego e renda para milhares de pessoas em áreas pobres e castigadas pela aridez no país.

 

A ???disputa??? foi deflagrada com a apresentação de três propostas no Congresso Nacional, por parlamentares dos três estados envolvidos, em torno da ???paternidade??? do ???fruto símbolo do Cerrado???. Uma das propostas visa o reconhecimento de  Montes Claros, no Norte de Minas, como ???a capital nacional do pequi???.

 

A série de reportagens revelou que o pequi é responsável por uma grande cadeia produtiva que garante renda e o sustento de milhares de moradores dos pequenos municípios do Norte de Minas. Para isso, o Estado de Minas visitou comunidades rurais da região, ouviu pequenos produtores e consultou técnicos e especialistas na atividade para mostrar a dimensão da ???indústria do pequi???, que se multiplicou nos últimos anos.

 

O trabalho jornalístico destacou que o fruto símbolo do Cerrado teve valor agregado, graças às graças às inovações tecnológicas, que permitiram a venda do pequi congelado e o beneficiamento da matéria-prima. Surgiram vários derivados, como a polpa, farinha, óleo, castanha e pequi em conserva. No mercado, já existe até ???cerveja de pequi???, sendo que a espécie do extrativismo também é usada como matéria-prima para produtos medicinais.

Ao mesmo tempo em que ganhou fama devido à disputa de três estados em torno da sua produção, o comércio de pequi permanece feito com pouco registro oficial, à base da informalidade. O fruto faz parte da chamada economia invisível, que virou tábua de salvação para milhões de pessoas superarem a pandemia.

 

A reportagem visitou o município de Japonvar, onde os 8,3 mil habitantes, a renda local e o comércio estão diretamente relacionados ao pequi. Na cidade, de acordo com estudo da Empresa de Extensão Rural e Assistência Técnica de Minas Gerais (Emater-MG), 63% da população local cata o fruto no mato ou revende o produto durante a safra.

 

Classificado em 17º lugar na ultima edição (2022) do ranking dos Jornalistas Brasileiros Mais Premiados da História, da publicação Jornalistas & Cia, o repórter Luiz Ribeiro também esteve entre os ganhadores do Prêmio Sebrae de Jornalismo/Etapa estadual no ano passado.

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