O procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, continua recebendo seu salário de R$ 6.962,81 mesmo estando preso há quase três meses por espancar a sua chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, procuradora-geral de Registro, município de 56 mil habitantes no interior de São Paulo.
Em nota, a Prefeitura de Registro informou que Demétrius ainda não foi exonerado do cargo porque o proceso administrativo disciplinar está em andamento por uma comissão de servidores efetivos constituída no dia 28 de junho. A ação contra o procurador pode resultar em sua exclusão do serviço público.
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O Executivo municipal ainda explicou que o fato de Demétrius estar na cadeia não legitima a aplicação de descontos em seus proventos. “Desta forma, os vencimentos ainda são mantidos, enquanto ele estiver preso ou até que sobrevenha decisão da comissão do processo administrativo disciplinar”, diz o comunicado.
Todavia, segundo a prefeitura, “os efeitos administrativos incidem na não contagem de tempo para promoção e nem progressão na carreira”. O órgão citou o dia 18 de outubro como prazo para a conclusão da sindicância.
Relembre o caso
Demétrius Macedo foi filmado agredindo Gabriela Monteiro com socos e chutes enquanto insultava a vítima dentro da Prefeitura de Registro no dia 20 de junho de 2022. A procuradora-geral ficou com o rosto ensanguentado devido aos golpes recebidos.
? Polícia Civil, o procurador esclareceu que sofria assédio moral por parte da chefe e por isso teria praticado as agressões. Ele ainda apresentou um laudo psiquiátrico de esquizofrenia paranoide, o que o deixa “perturbado” em razão das alucinações e vozes ouvidas.
Com base no diagnóstico, a defesa de Demétrius Macedo solicitou seu encaminhamento para um hospital psiquiátrico ou de custódia, além de tratamento pelo Estado. No entanto, a Justiça rejeitou o pedido e manteve a prisão do procurador.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Arruda
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