O apito de Marcelo de Lima Henrique que decretou o empate em 2 a 2 com o Operário neste sábado (24) foi marcado pela tensão na saída da Arena Fonte Nova entre o técnico Enderson Moreira e um torcedor. A situação foi assunto na entrevista coletiva e o treinador ficou irritado ao falar que uma pessoa no estádio jogou um copo de cerveja nele. O comandante disse compreender as críticas e os gritos de “burro”, mas pediu respeito.
“Não bati boca, ele jogou cerveja em mim. Vai para o estádio fazer isso? Só perguntei porque ele está fazendo isso. Exijo o mínimo de respeito. Não bati boca com ninguém. O que falta na verdade é respeito com as pessoas, foi a única coisa que pedi para ele. Sou trabalhador como ele, que deve acordar cedo… Vim da periferia, meu caro. Quero minimamente respeito”, declarou.
A principal crítica da torcida surgiu após a saída do meia Lucas Mugni. Enderson explicou que a substituição do argentino ocorreu por questão física.
“Tirei Mugni porque ele estava esgotado, só isso. A gente acha que se faz substituição por questão técnica, mas tem o aspecto físico que é predominante. Visivelmente o Mugni estava exaurido porque se dedicou bastante. Não poderia ficar com o jogador que não poderia sustentar. Gostaria que ele terminasse o jogo como todo mundo, mas ele não aguentava mais”, indicou.
Enderson admitiu que o Tricolor não teve uma boa participação, mas valorizou o espírito da equipe. O time saiu atrás do placar com dois gols, mas conseguiu empatar o marcador.
“A grande parte do jogo a gente não jogou bem, mas o time teve espírito, se dedicou, lutou. Eles não deixaram de tentar, mesmo que a resposta técnica não fosse boa. A gente lamenta muito… Queria o triunfo e entendo a ansiedade do torcedor. O torcedor quer subir ontem, mas vamos participar das últimas rodadas do campeonato”, pontuou.
Com 52 pontos, o Tricolor está na terceira posição da competição nacional. A equipe volta a jogar na próxima sexta-feira (30), às 21h30, contra a Chapecoense na Arena Condá.
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