Ex-presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho pode ser expulso do quadro dos sócios do clube na próxima segunda-feira (17). Em Assembleia Geral Extraordinária, os associados tricolores vão votar na permanência ou saída do antigo dirigente, destituído do cargo em 2013. A votação teve pedido de cancelamento por parte da advogada Luciana Guimarães.
Neste pedido, a defesa aponta a ocorrência de supostas nulidades e ofensas à ampla defesa e ao contraditório, o que, no entendimento da defesa do representado, macula o devido processo legal e antecipa a sua condenação.
A solicitação, no entanto, foi negada pela mesa diretora, que citou a longa duração do processo e o fato do direito de defesa ter sido cedido a Marcelo Guimarães Filho.
“As fases processuais foram rigorosamente seguidas, intimações regularmente realizadas e todas as oportunidades foram concedidas para que o Representado pudesse se posicionar, fazer suas alegações e exercer com plenitude o amplo direito de defesa”, destacou.
O Conselho Deliberativo do Bahia também reforçou as tentativas do ex-presidente para retardar o processo, que tramita desde o ano de 2014.
“O modus operandi se repete, iniludivelmente. Todas as vezes que o processo caminhou o caminha no sentido da marcha processual adequada, qual seja, a fase de julgamento, o Representando intenta ofender a legitimidade das pessoas que estão exercendo o seu mister, buscando lhes impingir uma suspeição ou impedimento, quem sabe. Outra conduta reiterada e repetida nos últimos dias, é a de se valer de medidas procrastinatórias que visem retardar o andamento do processo, seja pelo impertinente peticionamento no presente PAD, seja por pedidos de liminar as vésperas de importantes atos no processo judicial em curso ou no plantão do Poder Judiciário, vulgarizando o sentido da urgência, o conhecido e caro periculum in mora”, pontuou.
A reportagem do Bahia Notícias entrou em contato com Leonardo Martinez, presidente do colegiado. Ele destacou a transparência das documentações apresentadas pela defesa de Marcelo Guimarães Filho e do Conselho.
“Não comento em público o teor de processos disciplinares, mas todos os documentos estão na área logada do Sócio. Os argumentos da parte representada e a Decisão que eu tomei. O sócio tem acesso a tudo, tudo em nome da ampla defesa e contraditório. A partir disso, o sócio irá proferir seu voto e fazer seu julgamento”, explicou.
Além de Marcelo Guimarães Filho, o sócio vai poder votar pela expulsão de Ruy Accioly, que foi presidente do Conselho Deliberativo e assumiu outros cargos dentro do Tricolor.
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