O 2º Festival das Baleias, realizado na cidade do Prado entre os dias 06 e 09 de setembro, discutiu, entre outros assuntos, o aumento da mortandade das baleias jubarte durante o período de reprodução no litoral baiano. Em todo o país, já chega à 80 o número de animais mortos, na temporada deste ano.
O presidente do Instituto Redemar, William Freitas, destacou a falta de posicionamento público e de dados sobre estudos e pesquisas realizadas por órgãos e entidades ligadas às baleias. “Precisamos saber porque estão morrendo tantas baleias e não venham justificar que é devido ao aumento da população desses animais, que isso não convence”, afirmou.
Dezenas de baleias jubartes já foram encontradas encalhadas ou mortas apenas nesta temporada. Suspeita-se de desorientação do animal, que se orienta através da ecolocalização, uma sofisticada capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de objetos (obstáculos no meio ambiente). Atividades humanas podem estar interferindo na orientação das baleias, que emitem ondas ultrassônicas na água e analisam ou cronometram o tempo de retorno dessas ondas emitidas.
O aumento da movimentação marítima na rota das baleias e a construção de portos pode está associada ao aumento da mortandade. Estudos podem explicar se as atividades marítimas na rota das baleias estariam contribuindo para o problema. Em grande parte, as empresas que exploram os serviços nessa rota são as maiores financiadoras de institutos, associações e ONGs. Daí as respostas nunca aparecem.
.
Comentários Facebook