Parecia, dessa vez, ser o fim. Galvão Bueno tinha anunciado que, após 41 anos, deixaria a Rede Globo. O ato final seria a Copa do Mundo do Catar 2022, sua 14ª na carreira. A emissora fez até mesmo uma carta de despedida. Mas o destino sempre reserva um plot twist para essa história, que já teve inúmeros “adeus” e nenhum fim.
De acordo com informações do Notícias da TV, divulgadas nesta quarta-feira (18), a aposentadoria será apenas para as narrações, e o contrato do profissional será prorrogado para o fim de 2024 (confira aqui). Falta apenas a assinatura dele, que deve acontecer antes da Copa.
Esse é mais um capítulo do looping infinito que parece ser a relação entre Galvão e Globo. Em 2010, após a Espanha conquistar o título da Copa sobre a Holanda, o narrador anunciava:
“Tenho que estar emocionado e feliz, até porque a próxima Copa é no Brasil. Depois disso pode ser que eu esteja lá, mas não trabalharei, só assistirei”.
Não aconteceu. Mesmo com o 7 a 1 aplicado pela Alemanha sobre o Brasil, Galvão renovou, em setembro de 2014, seu contrato até 2018.
A Copa do Mundo da Rússia terminou com a França campeã, após a seleção vencer a Croácia por 4 a 2. Galvão disse que não sabia se seria sua última Copa narrando, em uma despedida emocionante de Arnaldo Cesar Coelho.
“Comecei em 74, mas se tiver sido minha última Copa narrando, e provavelmente seja, foi especial, emocionante, maravilhosa, como se tivesse sido a primeira. Foi uma Copa realmente de mexer com o coração de todos nós”, afirmou, à época, segundo a coluna de Mauricio Stycer, no Uol.
Logo depois, tentou esclarecer as coisas: “Eu disse que talvez tenha sido minha última narração de final de Copa do Mundo depois de 12 Copas. Eu quero estar no Qatar. O Arnaldo vai estar lá, nem que seja de turista. Vai estar do meu lado, pra me ajudar, porque eu não sei mais trabalhar sem ele”.
E foi o que aconteceu. Galvão Bueno estará narrando a Copa do Mundo do Catar 2022. Dessa vez, o contrato vai até 2024, quando ele, segundo o Notícias da TV, irá cobrir os Jogos Olímpicos de Paris. Não como narrador. Que será de 2026?
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