Entenda o caso
Hamilton era presidente do sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (Simeclodif).
Já Ronaldo comandava a Federação dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Minas Gerais (Fettrominas) e, até 2018, esteve à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH).
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Moura e Batista chegaram a ser aliados, mas romperam relações em 2010. A vítima então criou um sindicato à parte, que enfraqueceu o STTRBH. Nesse sentido, a arrecadação da instituição foi muito impactada. A vítima também patrocinava ações judiciais contra o rival, que resultaram em bloqueios de bens no valor aproximado de R$ 6 milhões.
Os processos eram movidos por sindicalistas, cujos advogados eram pagos por Hamilton. As ações reivindicavam ressarcimentos e indenizações por supostos desvios de verba e má gestão de recursos do STTRBH.
A última condenação judicial de Batista, que determinou o bloqueio R$ 500 mil em bens do vereador, data de 9 de julho. O assassinato do parlamentar de Funilândia ocorreu 14 dias depois.
O delegado do caso, Domênico Rocha, explicou que o assassinato era planejado há quase quatro anos, pois o vereador de BH pretendia esperar que seus conflitos com o rival ???esfriassem???. No entanto, após a última condenação judicial, Ronaldo pediu celeridade no homicídio.
Hamilton foi atraído ao local do crime por uma mulher, uma personagem criada pelos criminosos, que se identificou como Vanessa e mostrou interesse na compra de um terreno que o sindicalista estava vendendo. A conversa entre eles era mantida por mensagens de texto e acabou se tornando íntima. Após estabelecer um vínculo com a vítima, o encontro foi marcado.
Depois de obterem a quebra do sigilo do telefone de Vanessa, os policiais chegaram aos três executores do crime: dois ex-policiais penais e o policial militar da ativa condenado nesta quinta-feira.
Conforme o avanço das investigações, o advogado de outro integrante da quadrilha procurou a Polícia Civil e fechou acordo de delação. As informações fornecidas por esse indivíduo levaram até Ronaldo Batista, mandante do crime.
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