Na GloboNews, Demétrio e Camarotti discutem durante análise do governo Lula

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Uma divergência de ideias sobre a melhor forma como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de compor sua equipe de governo causou uma ligeira discussão entre os comentaristas Demétrio Magnoli e Gerson Camarotti da GloboNews, durante o programa Em Pauta, desta segunda-feira (31/10).

 

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“Se eles entrarem no governo, deixam o Brasil inteiro em uma situação onde existe um governo de todo mundo e uma oposição puramente bolsonarista. Nós ficaremos sem uma oposição não bolsonarista”, afirmava Demétrio, citando Simone Tebet (MDB-MS), Ciro Gomes (PDT-CE) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) e outros políticos que engrossaram o apoio ao partido petista no segundo turno do pleito, após ser questionado por Camarotti sobre quem ele se referia.

Demétrio prosseguiu afirmando que o plano de governo de Lula não parece se encaixar com o que é proposto por esses diferentes candidatos.

“Não me parece que o que essas pessoas pensam esteja contemplado no plano de governo, nas propostas, na plataforma política de Lula. E, por tanto, se essas pessoas todas entram no governo, nós teremos um pacto que não resulta de um acordo programático e nós teremos uma oposição puramente bolsonarista. Acho que isso não é muito bom, porque oposição é tão importante quanto o governo em uma democracia”, afirmou.

Na sequência, Gerson Camarotti disse que o acordo de Tebet com Lula já contemplava questões pragmáticas.

“Já é da tradição brasileira, muitas vezes, o Ciro Gomes incorporou o governo do Lula no ano de 2002. O PDT, que naquela época tinha o Garotinho, também entrou no governo de Lula depois da eleição de 2002”, apontou.

Em seguida ele afirmou que o grupo conhecido como Centrão, que apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o governo, também apoiou o, agora, vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB-SP) durante a eleição de 2018

“A composição faz parte, apesar da gente não ser parlamentarista, a tradição presidencialista do Brasil é de composição, é de aliança para conseguir governar (…). Lula não fez maioria na Câmara, nem maioria no Senado. Essa composição é absolutamente natural e necessária” pontuou Camarotti, ligeiramente incomodado.

Por fim, Demétrio afirmou “que a tradição brasileira fingir que há um parlamentarismo. E se conseguir maioria parlamentar, loteando o governo entre diversos partidos que não tem nada a ver com o programa daquele que venceu as eleições”.

Neste ponto, os dois começaram a discordar em um tom de voz um pouco acima do que haviam adotado até ali, quando foram interrompidos pelo apresentador.

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