Atuando desde 2018, no comércio de molhos e geleias com a Dona Domitilla (@dona_domitilla), a empreendedora Luciana Moura aderiu ao PIX desde que começou a funcionar no Brasil. No mês da Black Friday não será diferente e as promoções terão início à partir do dia 11. “Ofereceremos 10% de desconto nos nossos produtos para pedidos com pagamento via dinheiro, pix ou transferência, tanto para retirada como para entrega pelo nosso motoboy”, explica.
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Luciana Moura reconhece como a ferramenta facilita a vida do empreendedor e dos consumidores pela agilidade na transação (Foto: Divulgação) |
A empresária garante que a ferramenta é uma facilitadora de vendas, tanto para quem empreende como para quem compra. “O fato de não haver taxa para esta transação e o recebimento ser imediato facilita bastante a venda”, afirma.
Uma pesquisa Carat Insights, da empresa de tecnologia financeira Fiserv, de fevereiro deste ano, apontou que, na opinião dos brasileiros, o Pix será o meio de pagamento mais comum em dez anos. Do total de 1.500 entrevistados com mais de 18 anos e acesso à internet, 91% acreditam que o recurso vai se popularizar ainda mais.
No mês em que o varejo comemora a Black Friday, o PIX completa dois anos e o pagamento instantâneo é visto como grande potencializador das vendas no período, afinal basta um CPF, um celular ou QR Code para que o usuário confirme os dados de quem vai receber o valor.
Preferência
O diretor de Negócios Bin da Fiserv Brasil, Fabiano Wohlers lembra que, no comércio eletrônico, quase 80% das lojas online já aceitam pagamento via Pix. “Nessas transações online, a modalidade empata com a de pagamento via boleto e fica atrás apenas dos pagamentos com cartão de crédito”, esclarece.
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Gabriella Rocha diz que as pessoas usam o pix, sobretudo, quando sabe que haverá algum ganho sobre a compra como descontos, por exemplo (Foto: Divulgação) |
Para o empreendedor, além da compensação instantânea, o representante da Fiserv salienta que ainda há a redução do custo da operação e a segurança do transporte e seguro de numerário. “Com a isenção de taxas cobradas pelas transações em cartões, vouchers ou emissão de boletos, algumas vezes o estabelecimento comercial “repassa” um percentual da redução para o seu cliente final – por exemplo 5% de desconto no pagamento à vista via Pix. Isso é um ótimo atrativo para o consumidor”, pontua.
Atuando no comércio de moda feminina e íntima, a empresária Gabriella Rocha, da Stoli (@stoliintimates), adotou o pix desde o início da marca e da operação, em 2020. Ao longo da sua experiência, ela percebeu que as clientes optam pelo pix sempre que identificam vantagens e a praticidade. “Houve uma mudança significativa na postura da clientela, sem dúvida. O pix, geralmente, é uma opção desejada quando a cliente vai pagar à vista e percebe que terá desconto”, analisa. No caso da marca, as promoções chegarão em meados desse mês, quando a marca atuará com cartão de crédito e pix.
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Fabiano Wohlers acredita que o Pix ainda tem muito para oferecer e que, à medida que o uso for crescendo, novidades serão agregadas (Foto: Divulgação) |
Fabiano destaca ainda que os estabelecimentos recebem pela venda segundos após o pagamento ter sido efetuado, reduzindo a inadimplência e dando mais previsibilidade ao fluxo de caixa. “Na questão da conciliação, quando o estabelecimento oferece o pagamento por Pix atrelado a uma maquininha (POS) ou sistema de automação, tudo isso pode ser automatizado”, reforça.
Novidades
Além do Pix Cobrança, a versão “tradicional” de transferência instantânea, a experiência para o e-commerce está sendo reavaliada com o inicializador de pagamentos. Existem ainda as novas modalidades a serem definidas pelo Banco Central – como Pix Parcelado, Automático, Internacional e Cobrança 2.0.
“Como uma oportunidade para os estabelecimentos comerciais, para a transação presenciais, ou seja, em lojas de rua ou shopping centers, o Pix Saque e Pix Troco representarão oportunidades nessa Black Friday, com o aumento de circulação nos estabelecimentos comerciais”, defende Fabiano.
Ele defende que as novas modalidades ganharam força em cidades menores, com um aumento de 20,3% no último mês de junho, movimentando R$ 31,35 milhões contra R$ 26,06 milhões do mês anterior. “Ou seja, um cenário de oportunidades para o comércio ao oferecer o Pix Saque e Pix Troco ao consumidor. Isso porque o comerciante ganha ao realizar cada uma das operações. Além disso, esse tipo de serviço atrai mais pessoas ao estabelecimento, o que implica em compra por impulso”, completa.
O diretor de Negócios Bin da Fiserv Brasil finaliza lembrando que o varejista deve estar atento às fraudes e telas apresentadas como garantia da transação de Pix efetivada. “Em um estabelecimento comercial, ao receber por Pix, o empreendedor tem a opção de se certificar que a operação foi concluída com sucesso e, inclusive, “imprimir” um comprovante que poderá ser usado no momento da conciliação, se necessário”, diz.
Ele ressalta que não é apenas pela questão de má fé, mas também deve se considerar falhas de comunicação (time-out) entre o estabelecimento comercial e o banco selecionado para ser o “recebedor” da operação.
Números do Pix
• 2021 – Cerca de 61% da população adulta com ao menos uma chave Pix cadastrada;
• Cerca de 100 milhões de pessoas realizaram pelo menos um pagamento com o Pix;
• Mais de 1,4 bilhão de transações por mês, sendo 72% entre pessoas físicas;
• Entre as mais de 120 milhões de pessoas que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix, 36 milhões (20% da população adulta) passaram a utilizar exclusivamente o Pix, enquanto 13 milhões (8% da população adulta) iniciaram a utilização de ambos os instrumentos.
(Dados: Banco Central)
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