A deputada federal e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, voltou a falar, nesta terça-feira (8), sobre os atos golpistas realizados em estradas e repartições das Forças Armadas em todo o Brasil desde o anúncio da derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Ela pediu atenção das instituições para essas mobilizações.
“Nós temos que ter um foco de atenção, as instituições têm que ter, portanto, essa Casa, o Congresso Nacional, também o Judiciário, para essas mobilizações golpistas que temos pelo Brasil”, disse a parlamentar durante o anúncio do ingresso formal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na equipe de transição do futuro governo Lula (PT).
“Não dá para achar que isso é normal, as pessoas estarem na frente dos quartéis, pedirem intervenção militar, querer pressão sobre isso. A questão das estradas se resolveu um pouco, mas ainda tem gente fazendo movimento. O país não precisa disso”, disse de maneira categórica a dirigente do partido.
Para Hoffmann, a posição das instituições brasileiras deve ser firme, não permitindo que a mobilização golpista se alastre e dando uma resposta política “à altura”. “Queremos ainda essa semana fazer uma reunião com os presidentes dos partidos que caminham conosco para discutir a situação política do país”, revelou.
Gleisi também disse não ser válida a pauta, que chama a população para um golpe e tenta desestabilizar o país, elogiou as medidas tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante todo o pleito e disse esperar uma continuidade das ações do Judiciário para desmobilizar ações golpistas e medidas que possam ferir democracia, uma vez que há um novo governo eleito.
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