Janja diz querer ‘ressignificar’ papel de primeira-dama e articular com sociedade

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A futura primeira-dama do Brasil Rosângela da Silva, a Janja, avalia a possibilidade de “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama”. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a mulher do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou a intenção de ser ativa durante o próximo governo, com um “papel mais de articulação com a sociedade civil”.

Durante a entrevista, veiculada pelo Fantástico na noite de domingo (13), Janja comentou os desafios da campanha e o relacionamento que teve com Lula enquanto o ex-presidente estava preso.

Como mostrou o Estadão, Janja e Lula se conhecem desde a década de 1990, nos tempos das Caravanas da Cidadania, quando o petista percorria o País para discutir políticas públicas. Eles trocaram telefones em 2017, mas, o namoro começou oficialmente quando o petista já estava preso na Polícia Federal de Curitiba. Segundo ela, na entrevista deste domingo, esse foi um período de “esperança e muito amor”.

“Tem muitas cartas muito felizes e tem muitas cartas muito tristes, porque realmente teve momentos muito difíceis desses 580 dias”, relata a socióloga. Lula e Janja casaram-se em maio, em uma cerimônia com amigos e familiares durante a pré-campanha do ex-presidente.

Na conversa com as jornalistas, a futura primeira-dama também se emocionou lembrando da morte da mãe por covid-19 e falou sobre a programação para a posse de Lula, em 1º de janeiro. “Eu vou estar feliz e, com certeza, eu vou cantar.”

O Estadão já mostrou que a futura primeira-dama planeja uma posse pouco convencional, com o presidente eleito subindo a rampa do Palácio do Planalto ao lado de “Resistência”, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista em vigília diante da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A socióloga pensa, também, em contar com pessoas comuns, sem cargos, para entregarem a faixa presidencial para Lula, no Parlatório do Planalto.

Na entrevista, Janja também falou sobre intolerância religiosa que sofreu. “Ter sido atacada por conta disso não me diminui. Pelo contrário, eu acho que ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho. Talvez isso represente um pouco do que é os brasileiros e as brasileiras, sabe? Eu sou aquela pessoa que me emociono na missa, com a fala do padre, e também me emociono com o tambor. Também me emociono com um hino de louvor a Deus. E muitas pessoas disseram pra mim: você precisa apagar aquela foto. Tem uma foto minha no Instagram com algumas imagens de orixás. Eu não vou apagar. Aquilo também me representa”, afirmou.

Logo depois da entrevista, Janja recebeu uma ligação de Lula e brincou com as jornalistas. “Ele estava mais nervoso do que eu”, disse.

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