Oito federações europeias anunciaram, em setembro, que seus capitães iriam usar braçadeiras com as cores do arco-íris durante a Copa do Mundo do Catar. Entre elas, estava a atual campeã mundial, a França. Mas, questionado sobre a iniciativa, o goleiro Hugo Lloris afirmou que não estará com a faixa durante o torneio.
“Em primeiro lugar, antes de fazer qualquer coisa, precisamos que a FIFA e a FFF (Federação Francesa de Futebol) concordem com isso. Claro, tenho minha própria opinião pessoal, e ela coincide um pouco com a do presidente”, disse Lloris, em entrevista coletiva.
O jogador se referiu ao presidente da FFF, Noël Le Graët, que havia indicado que preferia que o capitão da França não usasse a braçadeira. O dirigente insistiu que a seleção deveria mostrar respeito ao país anfitrião.
“Na França, quando recebemos estrangeiros, muitas vezes os queremos respeitando nossas regras e respeitando nossa cultura. E farei o mesmo quando for ao Catar. Quer eu concorde ou não com as ideias deles, tenho que mostrar respeito em relação a isso”, completou Lloris.
Curiosamente, em setembro, na última data Fifa, Lloris estava machucado. Quem assumiu a posição de capitão foi Varane, que usou a braçadeira arco-íris com a campanha One Love. A iniciativa tem como intenção apoiar o público LGBTQIA+ e protestar contra a homofobia e o preconceito.
O Catar recebe inúmeras críticas por seu histórico de direitos humanos, incluindo o tratamento aos trabalhadores migrantes e sua posição sobre os direitos das mulheres e LGBTQIA+. A homossexualidade é ilegal no Catar, e pode render prisão de até 7 anos.
Recentemente, um ex-jogador da seleção do Catar chamou a homossexualidade de “dano mental”. Khalid Salman, que é embaixador da Copa do Mundial, ainda afirmou que, embora o país tenha decidido tolerar os visitantes homossexuais, “eles terão que aceitar nossas regras”.
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