PIX já é o meio de pagamento mais usado no Brasil

Publicado:

Prestes a completar dois anos nesta quarta-feira, o sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central (BC), se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.

Desde o lançamento, foram realizadas mais de 26 bilhões de transações, que movimentaram R$ 12,9 trilhões. O sistema conta com 779 instituições financeiras participantes e mais de 478,3 milhões de chaves cadastradas, das quais 20,9 milhões correspondem a pessoas jurídicas.

  • Leia: BC do Brasil copiou PIX de Portugal, que se chama MB Way

Levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em números do BC, mostrou que, em seu primeiro mês de funcionamento, em novembro de 2020, o número de transações com o Pix já ultrapassou as feitas por meio de DOC (Documento de Crédito). Em janeiro de 2021, o meio de pagamento já havia superado as transações com TED (Transferência Eletrônica Disponível) e em março do mesmo ano passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte, em maio, o Pix ultrapassou a soma de todos eles. Em fevereiro deste ano, o Pix superou as operações em cartões de débito e crédito, tornando-se o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.

“As transações feitas com o Pix continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidade para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano. Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com a ferramenta”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

  • Leia: Pix indevido? Advogada explica o que fazer quando o dinheiro cai na conta

Sidney destacou, ainda, que a modalidade é fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no país. “Desde o seu lançamento, tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões ao ano”, acrescentou.

Quando analisados os valores transacionados, o levantamento mostrou que, em setembro último, o Pix atingiu R$ 1,02 trilhões, com tíquete médio de R$ 444, enquanto a TED, que somou R$ 3,4 trilhões, teve tíquete médio de R$ 40,6 mil. O diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain, destacou que os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas. “Isso faz com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado, trazendo maior conveniência para os clientes, que não precisam mais transportar cédulas para operações de pequeno valor”, disse.

  • Leia: Mais sofisticado e real: saiba como fugir do novo golpe do Pix

De acordo com Marcelo Martins, diretor da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) e CEO da startup Iniciador, o sucesso do pagamento se deu por trazer uma uma série de vantagens já aguardadas pelo consumidor, como ter custo zero para pessoa física, funcionar 24 horas e ser rápido, com transações sendo realizadas em menos de 10 segundos.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Preços dos alimentos caem pelo quarto mês consecutivo, diz IBGE

Os preços dos alimentos no Brasil diminuíram pelo quarto mês consecutivo. Em setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um...

INSS proíbe Banco Master de conceder crédito consignado a aposentados e pensionistas

O INSS anunciou na última sexta-feira (10) que não irá renovar o acordo de cooperação com o Banco Master, impedindo a instituição de...

Inadimplência atinge maior patamar da série histórica, diz CNC

Setembro de 2025 marcou um ponto crítico para as famílias brasileiras. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou...