Bárbara Carine comenta a relação do filme Pantera Negra com o Festival Afrofuturismo

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O Festival Afrofuturismo, maior evento de tecnologia, inovação e criatividade negra da América Latina, recebeu nesta sexta-feira (18), a escritora, empresária e produtora de conteúdo Bárbara Carine. 

 

Responsável por ministrar a Palestra Magna “O Mundo em 2050: Seremos Wakanda ou Blade Runner?”, Bárbara explicou a relação dos filmes com a proposta do evento. 

 

“É um filme que vai numa direção de afrofuturismo, numa perspectiva de emancipação científica e tecnológica. Eu acredito que o Pantera Negra traz uma África possível se não fosse o colonialismo e o imperialismo europeu. E traz um outro pólo que é de uma distopia de um mundo, que se a gente seguir sem as preocupações no campo, principalmente da base de produção de novas mercadorias, de produção de novos materiais, de uma dimensão de inovação tecnológica, sem o entendimento de que nós também somos natureza, a gente vai pra uma realidade distópica logo ali, em 2050, no qual a gente consegue ter sustentabilidade nenhuma”, explica. 

 

A empresária também questionou o processo de construção do desenvolvimento econômico.

 

“O mundo vai estar sempre aí. A questão somos nós. Se a gente permanece nele ou não, isso depende da gente. Então, acho que o debate central dessa mesa traz uma perspectiva de futuro. É sobre esperança, ou não. Isso vai depender do que a gente está fazendo hoje”, avalia. 

 

Foto: Gabriel Rios

 

Bárbara também salientou a importância da tecnologia no processo de desenvolvimento. 

 

“A gente está vivendo um universo que a gente consegue se reunir com pessoas de diferentes faixas do mundo, a gente consegue fazer transações financeiras e numa tela de celular, a gente consegue fazer uma série de movimentações e outrora eram extremamente difíceis. A tecnologia nos proporciona isso, mas é pensar também que aquilo que a gente nada mais reconhece como tecnologia, são desenvolvimentos tecnológicos e eminentemente humanos. A gente desenvolve uma segunda natureza constantemente e essa segunda natureza que a gente desenvolve, ou seja, que não é natureza natural, que não é natureza que é dada, ela tem que ser pensada para melhorar a vida da humanidade, e aí é que tá o grande foco sobre a tecnologia”, pondera Bárbara. 

 

Foto: Gabriel Rios

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