Vacina SpiN-Tec MCTI UFMG começa a ser testada em humanos nesta sexta

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Os estudos clínicos em seres humanos da SpiN-Tec MCTI UFMG, primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida com tecnologia e insumos totalmente nacionais e financiada por instituições brasileiras, terão início nesta sexta-feira (25), na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG). O secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, fará a aplicação da dose no primeiro voluntário.

 

A SpiN-Tec MCTI UFMG foi desenvolvida no Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas), com investimentos de cerca de R?16 milhões do MCTI, por meio da RedeVírus, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para as etapas de ensaios pré-clínicos e clínicos de fase 1 e 2. O projeto também recebeu recursos de outras instituições.

 

“Esse é mais um passo relevante do Brasil na direção de ter uma cadeia nacional de produção de imunobiológicos. O Ministério da Ciência e Tecnologia atua como fomentador desse desenvolvimento para que o resultado final dessas pesquisas possa ser revertido em autonomia nacional para a produção própria e atende às necessidades do sistema nacional de saúde”, afirma o ministro Paulo Alvim.

 

“O conhecimento acumulado com o desenvolvimento da SpiN-Tec MCTI UFMG nos deixa mais preparados para enfrentar futuros desafios no campo da saúde”, afirma a reitora da UFMG Sandra Regina Goulart Almeida. Para ela, o início dos testes da vacina em humanos é resultado de um grande esforço institucional. 

 

“Além da UFMG, com sua competente equipe de cientistas, e do apoio imprescindível do MCTI, contamos com o suporte de vários parceiros, como o governo do Estado, a Prefeitura de Belo Horizonte e parlamentares estaduais e federais. Sem essa grande frente, não teríamos chegado até aqui”, destaca. 

 

Ela acrescenta que o investimento em vacinas contribui para a soberania nacional, uma vez que países que desenvolvem seus próprios imunizantes conseguem, de um lado, proteger sua população e, de outro, exportar as vacinas e os insumos necessários à sua fabricação. “É uma condição que possibilita a esses países influenciarem os rumos da geopolítica internacional de forma decisiva e colaborativa”, argumenta.

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