A ideia de tirar a cobrança do transporte público tem ganhado mais visibilidade nos últimos dias depois que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informou que está discutindo o tema (veja aqui). O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob), Fabrizzio Muller, disse ao Bahia Notícias que o atual sistema de financiamento do transporte público está defasado, mas, apesar disso, o município sozinho não consegue arcar com os custos.
“O financiamento do transporte público é hoje talvez uma das discussões de maior importância no país. O modelo de remuneração pela tarifa do passageiro transportado é um modelo esgotado. Por outro lado, os municípios não conseguem subsidiar sozinhos os custos do transporte”, disse o secretário.
O chefe da pasta ainda reforçou que os governos precisam se unir para pensar em novas formas de financiar o transporte, para quem sabe zerar a tarifa, que é um dos principais motivos de reclamação dos usuários atualmente.
“É, portanto, necessário encontrar outras formas de remunerar um transporte de qualidade e mais inclusivo, buscando receitas extra-tarifárias para, quem sabe, conseguirmos reduzir ou até mesmo zerar a tarifária paga pelo usuário. União, estados e municípios precisam, juntos, discutir e pavimentar um caminho”, acrescentou.
Quem tem defendido a proposta de tarifa zero é o ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT). Ele diz que a intenção é criar um sistema integrado de mobilidade, a exemplo do SUS (Sistema Único de Saúde), em que o governo federal possa enviar recursos para ajudar as cidades a melhorar a estrutura de transportes.
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