“Ela não percebeu que seria morta”, disse o marido que matou a mulher grávida

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O acusado de matar a própria esposa antes dela dar à luz, disse em depoimento à polícia que a mulher não percebeu que ia ser morta. Daiane Reis Mota, de 25 anos, foi morta com um tiro na nuca. O corpo dela foi encontrado domingo (17), e o parto estava marcado para a segunda-feira (18).

Adilson Prado Lima Júnior, de 25 anos, (indiciado pelo crime de feminicídio) confessou o crime e disse que matou a jovem após encontrar mensagens no WhatsApp dela. A informação foi revelada ao G1 nesta quarta-feira (20), pelo delegado Hildebrando Silva, coordenador de polícia em exercício na região de Serrinha, local do crime. De acordo com o delegado, Adilson não apresentou à polícia as mensagens que ele disse ter visto no celular da mulher. O bebê que ela esperava não sobreviveu.

Segundo o delegado, “ele disse que ela não percebeu a situação em que seria morta. Mesmo desconfiando, muito pouco poderia fazer. O lugar é aberto, região de matagal, ninguém ia ouvir. Diante desses indícios, e outros, acredito que o crime tenha sido premeditado. Ele disse que ao ver a mulher no chão, chegou a apontar a arma para a cabeça dele e não teve coragem de atirar, mas ele teve coragem de matar uma mulher grávida que esperava a filha dele”, disse.

A arma (um revólver calibre 38) usada para matar Daiane foi encontrada na terça-feira (19), na loja do pai de Adilson. O delegado ainda relatou que, inicialmente, o acusadou mentiu sobre o paradeiro do revólver usado no crime. A arma só foi encontrada após a polícia fazer uma revista na loja do pai do suspeito.

“Ele disse que tinha deixado a arma no meio do mato onde matou a mulher. Mandei policiais lá por volta das 5h e eles só saíram às 13h, mas não acharam a arma, mesmo com apoio de agentes da limpeza da prefeitura. Ao confrontarmos o seu depoimento, ele disse que a arma era emprestada e que estava com um rapaz. Desconfiamos da versão e mandei os policiais irem logo na loja do pai, que fica perto da casa da família dele. O pai dele vai ser ouvido porque temos que saber de quem era a arma”, contou.

Por G1/Bahia

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