Bellintani discorda de Textor sobre lei da SAF e aponta busca por “convergência dos clubes”

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O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, disse não concordar com as palavras do empresário e investidor do Botafogo, John Textor, sobre a lei da SAF. Em entrevista ao site Fogão Net, o americano disse que a legislação está “quebrada” por conta dos credores do clube que “furam a fila” do Regime Centralizado de Execuções – ferramenta que serve para gerir os credores das associações – e bloqueiam receitas da SAF. Um exemplo é a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que segurou parte da premiação do clube carioca por conta de uma dívida com a entidade.

A reclamação de Textor, porém, foi vista como “muito forte” pelo mandatário tricolor. Após o Ba-Vi do último domingo (29), Bellintani afirmou que a lei é muito positiva para os investidores e indicou que ela pode passar por alterações. Além disso, destacou a diferença da SAF do Bahia para a dos outros clubes. Ao assumir o futebol do Tricolor, o Grupo City separou R$ 300 milhões para a quitação de dívidas.

“Eu não concordo. É um termo muito forte. A lei veio e é muito positiva para o investidor. O investidor tem que entender que algumas dívidas tem que ser pagas. Eu não sei em que contexto ele falou isso, mas não vejo desse jeito. É uma lei que pode ser amadurecida, tem apenas um ano de vigência. Toda lei que enfrenta a realidade pode ser ajustada aqui ou ali. No caso do Bahia, vemos que a gente não passa por esse problema. Somos a única SAF no Brasil em que o investidor é obrigado a quitar a dívida no curto prazo, ou seja, não vai quitar com recursos do próprio clube. Conseguimos uma negociação em que o investidor é obrigado a quitar a dívida com investimento externo. Em uma comparativa simplória, a renda do estádio foi de 1,5 milhão. Toda SAF tem que pegar 20% e direcionar para o pagamento de dívida. O Bahia não precisa fazer isso e não tem porque se preocupar com esse tipo de ajuste”, disse, em entrevista ao Bahia Notícias.

Bellintani também falou pela primeira vez sobre a entrada do Bahia na Libra, a Liga do Futebol Brasileiro. Para o gestor, a ideia é fazer uma convergência de ideias entre a própria Libra e o Forte Futebol, que também se organiza no mesmo sentido.

“Espero que o futebol brasileiro consiga convergir. Vejo dois movimentos fortes, com defeitos e qualidades. Vamos tentar fortalecer o caminho único. Voltando a fazer o papel que fiz em 2021, conversando com os colegas, com os clubes, tentando formar a nossa direção para a Liga. Além de defender o Bahia, tenho o papel de tentar provocar uma convergência entre os clubes”, projetou.

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