São Paulo – As delegadas Nuris Pegoretti e Maria Corsato são investigadas pela Corregedoria da Polícia Civil sob suspeita de favorecer o empresário Thiago Brennand, alvo de quatro pedidos de prisão preventiva. Os procedimentos estão em sigilo.
Uma equipe da Polícia Federal foi até os Emirados Árabes Unidos, onde Brennand está preso, para trazê-lo. Ele deve chegar ao Brasil nos próximos dias.
Nuris Pegoretti investigou o empresário pelos crimes de sequestro e cárcere privado em Porto Feliz, no interior de São Paulo. A vítima teria sido obrigada a tatuar as iniciais de Brennand.
A delegada é alvo de suspeita de corrupção passiva. Ela teria sido paga para induzir o Ministério Público a arquivar o processo contra o empresário.
Em relatório sobre a investigação, Nuris disse que “não se encontrou qualquer registro de violência relevante” na vida de Brennand. O processo chegou a ser arquivado, mas foi reaberto a pedido do MP depois que outras denúncias envolvendo o empresário vieram à tona.
De acordo com publicação do Diário Oficial do Estado de 1º de março, a delegada foi transferida, a pedido, para exercer suas funções no 3º DP de Sorocaba.
O procedimento administrativo contra a delegada Maria Corsato foi instaurado no ano passado. Ela investigava uma acusação de que Brennand teria ameaçado uma cliente da academia em que frequentava.
A delegada pediu que a apuração fosse mantida em sigilo e comparou o caso ao da Escola Base, em que donos de uma escola e um motorista foram injustamente acusados de pedofilia em 1994.
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