Governo aposta em energia renovável após acordos com China

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O governo brasileiro demonstra interesse em expandir a fabricação de placas fotovoltaicas e equipamentos de energia renovável nos próximos anos. A recente visita do presidente à China, principal parceira comercial do Brasil, resultou em mais de 15 acordos de cooperação entre os países, abrangendo áreas como a tecnologia de semicondutores. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços sinalizou a possibilidade de maiores investimentos da China no país, com o objetivo de promover uma reindustrialização sustentável.
Durante a visita, o líder político brasileiro enfatizou a importância do investimento em energias renováveis e sua ampliação, incluindo a integração das fontes eólica e solar com a rede convencional. O setor elétrico brasileiro, entre 2009 e 2022, foi o que mais recebeu investimento da China, correspondendo a 21% dos negócios. Além dos acordos já mencionados, outros 20 foram assinados, como o acordo entre a chinesa SPIC, líder mundial em projetos de geração solar, e a Prumo Logística, para avaliar condições financeiras e técnicas de projetos de energia renovável no Porto do Açu.
O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS) foi renovado até 2026, passando a incluir peças e equipamentos usados na fabricação de painéis solares. Isso garante benefícios fiscais para empresas que produzem placas solares no Brasil, incentiva a expansão do setor e contribui para a acessibilidade nos preços dos sistemas fotovoltaicos. O governo aposta, assim, no desenvolvimento e na fabricação de semicondutores e em uma matriz energética diversificada e renovável.
A energia solar, segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira com 12,6% de representação, apresenta grande potencial de crescimento. Em abril deste ano, o Brasil atingiu 20 GW de potência instalada em geração própria de energia solar, correspondendo a 98,7% da geração distribuída no país, de acordo com dados da ABSOLAR. A associação informa que já são mais de 2,4 milhões de unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica no Brasil. A ABSOLAR e o Ministério de Minas e Energia discutiram recentemente o protagonismo da fonte solar na transição energética e a importância de incentivos e acesso aos sistemas fotovoltaicos para toda a população, inclusive a de baixa renda. O setor solar mostra tendência de crescimento no país.

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