Você lembra de todos os técnicos interinos da Seleção? Veja a lista

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Sob o comando do treinador Ramon Menezes, a Seleção Brasileira faz neste sábado (17) seu segundo amistoso após a Copa do Mundo diante da seleção de Guiné. A bola rola às 16h30 no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha. Essa também será a segunda partida do treinador à frente da seleção canarinho e, por enquanto, seu nome segue como cotado para seguir no cargo da Seleção. Isso porque a CBF ainda não definiu quem será o novo treinador de forma oficial. O status de interino, apesar de causar incômodo em parte da torcida, não é uma novidade para a história da Seleção Brasileira. Ramon Menezes será o 21º nome a assumir esse posto e, ao completar o terceiro jogo – Marrocos, Guiné e Senegal, que acontece na terça (20) -, Ramon será o quarto técnico com mais jogos sendo interino na Seleção, empatado com Zagallo. O CORREIO preparou uma lista relembrando os outros nomes que já comandaram o Brasil interinamente. Vale ressaltar que nessa relação constam nomes que estiveram à frente do time pelo menos uma vez, seja por uma demissão, suspensão ou ausência do nome principal, além de alguns casos onde o Brasil foi representado por outras equipes do futebol brasileiro e, por isso, o técnico do clube foi “emprestado” para comandar a Seleção Brasileira. Por exemplo, em três jogos a escalação do interino foi por demissão do antigo treinador. E esse é o caso de Ramon Menezes, que assumiu o lugar de Tite após o ex-treinador pedir para sair. Em nove oportunidades, treinadores de clubes brasileiros formaram a comissão técnica da Seleção e os jogadores desses clubes vestiram a amarelinha dentro de campo. Já em três jogos o interino substituiu o treinador principal por suspensão. Em outras seis partidas a escolha pelo nome secundário foi por impossibilidade do técnico principal comparecer ao jogo, seja por compromissos ligados à própria Seleção ou questões de saúde. Nos primórdios do futebol de seleções, era comum ver o país sendo defendido por jogadores de um clube ou por um combinado de equipes. É caso de Foguinho e Gentil Cardoso, que são os interinos com mais partidas à frente da Seleção, com seis e cinco jogos cada, respectivamente. Gentil foi treinador no Campeonato Sul-Americano de 1959, onde o Brasil foi formado pela Seleção Pernambucana. Foram três vitórias e duas derrotas durante o mês de dezembro, com destaque para as goleadas sofridas contra a Argentina (4×1) e Uruguai (3×0). Em outros jogos dessa época, o nome oficial da Seleção era Vicente Feola. A década de 1960 também foi marcada por nomes como o argentino Filpo Núñez, que era técnico do Palmeiras e treinou seus jogadores que representaram o Brasil contra Honduras em 7 de setembro de 1965. Já em novembro, atletas do rival Corinthians foram os escolhidos para representar o Brasil em um amistoso contra o Arsenal. O curioso é que nesse caso foram dois técnicos a beira do gramado. Osvaldo Brandão e José Teixeira entraram para a lista de interinos da Seleção Brasileira na derrota para o time inglês. Já em novembro daquele ano, Aymoré Moreira foi interino em um amistoso contra a União Soviética, que terminou 2×2. Em todos esses casos Vicente Feola também era o treinador principal da equipe. Outro que substituiu Feola temporariamente foi Carlos Froner, em duas partidas contra o Chile pela Taça Bernardo O’Higgins de 1966. Dessa vez foi a Seleção Gaúcha que entrou em campo representando o Brasil. O emblemático Zagallo, antes de se consolidar como um dos maiores treinadores da história do Brasil, teve seu momento como interino. Comandando o Botafogo em 1967/68, treinou um grupo de atletas cariocas que representou o Brasil contra Chile e Argentina. Décadas mais tarde, em 2002, fez um jogo simbólico contra a Coréia do Sul quando Carlos Alberto Parreira deu lugar a ele para que o Velho Lobo se despedisse da equipe canarinho. Outros nomes que foram “emprestados” para a Seleção:

  • Antoninho: Contra o Paraguai, em 1968, pela Taça Oswaldo Cruz (treinou a Seleção Paulista)
  • Biju, Carlyle Guimarães e Jota Júnior: trio que comandou em conjunto jogadores de Atlético-MG, Cruzeiro e América-MG em amistoso contra a Argentina em 1968
  • Yustrich: treinador e jogadores do Atlético-MG contra a Iugoslávia em 1968

A partir da década de 1970, a dinâmica de emprestar atletas e técnicos para o Brasil se tornou menos recorrente. Mas isso não significa que os interinos sumiram do radar do Brasil. Em 1976, Mauro Travaglini substituiu Oswaldo Brandão em um amistoso contra o Flamengo após o treinador principal passar por uma cirurgia. O jogo foi vencido pelo rubro-negro por 2×0. Dando um salto no tempo, em 1991, foi a vez de Ernesto Paulo substituir Paulo Roberto Falcão, que foi demitido, contra o País de Gales. Mais uma vez o interino perdeu. 1×0 para País de Gales. Entre 1999 e 2000, Candinho entrou no lugar de Luxemburgo no banco de reservas. A primeira vez aconteceu quando Luxa precisou viajar com a equipe sub-23 para a preparação para as Olimpíadas de Sidney. Cadinho empatou com a Espanha num amistoso por 0x0. No outro jogo, bateu a Venezuela por 6×0 pelas Eliminatórias. Quando Emerson Leão foi suspenso por expulsão, Pedro Santilli entrou no lugar do principal nas Eliminatórias contra a Colômbia e venceu por 1×0. Já quando Felipão foi suspenso, em 2001, pela Copa América, Antônio Lopes deixou momentaneamente o cargo de coordenador técnico do Brasil e foi para a beira do campo. De lá viu o time perder para Honduras por 2×0. Os dois últimos a assumirem esse cargo foram Ricardo Gomes e Jorginho. O primeira também figura a lista dos que mais comandaram o Brasil interinamente por cinco jogos. Todos eles foram com jogadores sub-23 que representaram o time profissional durante a Copa Ouro da Concacaf de 2003. Três vitórias, contra Honduras, Colômbia e Estados Unidos, e duas derrotas para o México. O último nomes antes de Ramo Menezes a assumir o cargo de forma interina foi Jorginho. Em 2008 ele ganhou dois amistosos contra Irlanda e Suécia, ambos por 1×0, ao sair momentaneamente da função de auxiliar-técnico de Dunga, que havia sido suspenso por duas partidas após uma expulsão contra a seleção mexicana no ano anterior.
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