Uma briga entre o deputado Rogério Correia (PT-MG) e o senador Jorge Seif (PL-SC) tomou conta de audiência da CPI dos atos golpistas nesta quinta-feira (22/6).
A discussão começou durante a fala de Rogério Correia. O deputado questionava George Washington, preso pela tentativa de explodir o aeroporto de Brasília, sobre sua decisão de se manter em silêncio em depoimento.
Rogério acusou a bancada bolsonarista de tratar o caso como um fato isolado, sem relação com as manifestações golpistas de 8/1 ou com o ataque à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.
“Todos os bolsonaristas te abandonaram, disseram que o senhor é solitário, um ‘aloprado’”, disse Correia. Neste momento, Jorge Seif começa a gritar e reclamar, alegando não ter em momento algum classificado o interrogado dessa maneira. O petista reclamou sobre a interrupção e começou o bate-boca.
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“Cala a boca é o caralho!”, gritou Seif. Eles continuaram discutindo até o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, Arthur Maia (União-BA), interromper a discussão e dar a Rogério Correia o direito de continuar sua fala.
“Cala boca é o caralho”. Parlamentares batem boca durante a CPI do 8/1 pic.twitter.com/RCSVE9nwL2
— Metrópoles (@Metropoles) June 22, 2023
George Washington em silêncio Preso e condenado por plantar bomba próximo ao aeroporto de Brasília, George Washington decidiu ficar em silêncio durante depoimento à CPI nesta quinta.
Antes da chegada do suspeito, esperava-se um depoimento na condição de testemunha. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em maio.
“Ele não tentou algo contra o agente político que ele combate, tentou covardemente, de maneira desumana, ceifar a vida de dezenas ou centenas de brasileiros. (…) Essa conduta que o senhor realizou é própria de pessoas como o senhor, agir dessa maneira escondida, falsa, como justamente os vermes se escondem no esgoto”, disse Arthur Maia.
Também nesta terça-feira (22/6), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ouviu, na condição de testemunha: Valdir Pires Dantas Filho, perito responsável pela elaboração do laudo da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal); Renato Martins Carrijo, perito da Polícia civil do Distrito Federal; e Leonardo de Castro, diretor de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF.
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