“Raudinei reverso”: Bahia vive sina de levar gols no final dos jogos

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Na história do Bahia, os torcedores se acostumaram a acreditar no triunfo até o último instante das partidas. O episódio mais famoso foi o gol de Raudinei no empate por 1×1 com o Vitória que decretou o título de campeão baiano em 1994, aos 46 minutos do segundo tempo. Mas, em 2023, a mística tricolor tem andado em sentido contrário nos jogos recentes. O Bahia sofreu gols nos acréscimos do segundo tempo em sete partidas da temporada. Em quatro delas, isso mudou a história do jogo. O último episódio ocorreu terça-feira, no empate por 1×1 com o Grêmio, na Fonte Nova, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. O time baiano vencia a partida até os 49 minutos, quando levou o gol marcado por Cuiabano. O resultado tirou a vantagem de poder jogar por um empate no duelo da volta, em Porto Alegre, para avançar à semifinal. Agora, será preciso vencer fora de casa para não depender da disputa de pênaltis. Curiosamente, o Bahia também levou um gol do Grêmio aos 49 do segundo tempo na partida pelo Brasileirão, disputada três dias antes. Na ocasião, o baque causou a derrota por 2×1. Pela Copa do Brasil, o tricolor também se complicou contra o Santos, nas oitavas de final. Depois de um empate sem gols na Vila Belmiro, o time encaminhava a classificação com o triunfo por 1×0, na Fonte Nova, até que Bruno Mezenga deixou tudo igual aos 49 minutos e levou a decisão para os pênaltis. O clube baiano venceu por 4×3 e avançou no torneio. O gosto amargo de sofrer um gol nos minutos finais já havia sido provado pela equipe de Renato Paiva na Copa do Nordeste. Contra o Ferroviário, foi vazado por Erick Pulga aos 47 minutos e terminou com um frustrante 2×2. O time também sofreu gols nos acréscimos nas derrotas para Itabuna (4×1, no Baianão), Sport (6×0, na Copa do Nordeste) e Internacional (2×0, pelo Brasileirão). Um dos líderes do elenco, o zagueiro Kanu diz que a responsabilidade pela falta de atenção nos minutos finais é dos jogadores. “Estamos inconformados com o que vem acontecendo. A gente se cobra, fala e o filme se repetiu. Repito aqui, a responsabilidade é nossa, dos jogadores. Temos que assumir essa bronca. Não posso falar que é treinador, que é parte tática, depois de um grande jogo que a gente fez e faltando dois minutos para acabar, a gente dá essa bobeira”, disse. Com o sinal de alerta ligado, o time mira um desafio importante. O próximo jogo é sábado (8), às 16h, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal. Trata-se de um confronto direto na luta contra o rebaixamento. O Esquadrão é o 15º colocado, com 12 pontos. O Cuiabá aparece em 13º, com 15. O Goiás, primeiro time dentro do Z4, tem 11 pontos. “Vamos pegar o Cuiabá, que não está mal no campeonato, é uma ótima equipe, mas temos que ir lá dentro pensando nos três pontos, não tem outra hipótese. Vamos fazer dois treinos antes do jogo. A gente viaja na quinta-feira, se não me engano. É trabalhar para fazer um bom resultado”, analisou o lateral Ryan.
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