Bolsonaro diz que briga por cargos no governo é ‘casa da mãe joana’

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a atual articulação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conseguir apoio no Congresso Nacional. Em uma entrevista especial de Dia dos Pais neste domingo (13/8) ao canal “Te Atualizei”, ele classificou os movimentos como “casa da mãe joana”, expressão que se refere a um lugar em que “vale tudo”.

Bolsonaro explicava como era a relação do presidente Lula com a Câmara dos Deputados na época em que era deputado federal. O ex-presidente disse que existia uma chamada “lista de fidelidade” que os partidos usavam para cobrar cargos e ministérios do governo conforme votavam em assuntos de interesse do Executivo.
“O líder (do partido) pegava a lista e dizia: ‘olha o meu partido teve fidelidade de 90% e tem um ministério, o outro teve fidelidade de 70% e tem dois, temos que pegar um ministério do lado de lá’. Essa briga por cargos, que hoje virou uma ‘casa da mãe joana’ é muito ruim para a governabilidade”, disse.
Bolsonaro ainda criticou os atuais titulares da Esplanada dos Ministérios de Lula. “O ministro não pode ser uma pessoa que está completamente em off sobre o assunto. Ele precisa ter algum conhecimento sobre o assunto, e hoje em dia não tem. Não quero citar nomes aqui porque eu ia ter que citar quase todos. Não entendem nada”, emendou.
Desde que assumiu o Palácio do Planalto pela terceira vez, Lula trocou dois ministros. O primeiro foi o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, que deu lugar ao general Marcos Antonio Amaro. O segundo foi a ministra Daniela Carneiro, substituída por Celso Sabino, no Turismo.
O petista, no entanto, está em frente a uma iminente reforma ministerial. Partidos do “centrão” pleiteiam cargos no primeiro e segundo escalão da gestão e a expectativa é que o Partido Progressista (PP) e o Republicanos entre para o governo nas próximas semanas.
Já Bolsonaro também teve dificuldades na articulação durante seus quatro anos de mandato e outros ministros sofreram pressão no cargo e acabaram deixando o governo. O ex-presidente fez mais de 30 trocas entre 2019 e 2022, sendo as mais marcantes as saídas de Sergio Moro e Henrique Mandetta.

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