Mauro Cid: PF aceita acordo de delação premiada do ex-ajudante de Bolsonaro

Publicado em

spot_img
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A Polícia Federal aceitou firmar um acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid. A partir da admissibilidade da delação, a corporação comunica o caso ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que precisam homologar e elaborar os termos, de acordo com fontes ligadas ao caso ouvidas pelo Correio.

 

 

 

Mauro Cid forneceu informações suficientes, e indicou provas, que na avaliação dos investigadores, sustentam as declarações que foram feitas durante duas semanas de depoimento. Os investigadores passaram os últimos dias avaliando as oitivas do militar, os elementos apontados e novas linhas de investigação que poderiam ser abertas no caso envolvendo a venda de jóias sauditas no exterior.

 

  • Mauro Cid sobre transporte de joias em mochila: ‘O grande problema’
  • Mauro Cid não culpou Bolsonaro em depoimentos à PF, diz advogado

 

Uma das novidades em relação ao caso é a suspeita de negociação envolvendo imóveis por parte da família Bolsonaro nos Estados Unidos, entre o ano passado e o começo deste ano. As investigações em curso no Brasil apontam que parte das pedras preciosas sauditas doadas ao governo brasileiro foram objetos de uma operação para tentar burlar o fisco. A tentativa seria de incorporar ao patrimônio pessoal de Bolsonaro e demais envolvidos.

 

Os objetos preciosos, repassados pelo governo da Arábia Saudita, foram apreendidos no Aeroporto de Guarulhos. Além disso, a investigação envolve outros itens de elevado valor que deviam estar no acervo do Planalto.

De acordo com a legislação, os presentes deveriam ser incorporados no acervo da União, pois entregues em agenda internacional são de propriedade da República e não de uso pessoal. Um dos materiais, um relógio Rolex, de elevado padrão, foi vendido nos Estados Unidos, durante viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

A PF identificou que o relógio foi comprado posteriormente, quando os acusados temeram que o TCU determinasse a devolução dos presentes, para que fossem guardados pela União.

 

Um recibo que comprova a negociação de venda e compra foi encontrado e colabora com as provas que apontam a existência do esquema. Mauro Cid é um dos suspeitos de envolvimento no caso.

 

Ele está preso e com o acordo de delação pode obter benefícios, como redução de pena e conversão da prisão em prestação de serviços comunitários, multa, entre outras ações. Procurada pela reportagem para saber se concordou com a delação, a defesa de Mauro Cid não se manifestou.

 

image

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

STF forma maioria para negar habeas corpus a Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar um habeas corpus que pede o trancamento de investigação sobre o ex-presidente da República Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado. O relator, Kássio Nunes Marques, foi seguido até o momento pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin e André Mendonça.

Relator diz que houve abuso de poder político de Cláudio Castro na eleição

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O desembargador Peterson Barroso Simão, do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro), afirmou nesta sexta-feira (17) que o caso das "folhas de pagamentos secretas" se configura como abuso de poder político e econômico do governador Cláudio Castro (PL) nas eleições de 2022. O magistrado entendeu que as

Marcelo Ramos deixa Petrobras após saída de Prates e foca em disputa à prefeitura de Manaus

Diante da saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, o ex-deputado federal e ex-vice presidente da Câmara dos Deputados Marcelo Ramos (PT) pediu demissão do cargo de consultor do gabinete de Relações Institucionais da estatal. Na quarta-feira, 15, Ramos declarou em publicação no X (antigo Twitter) que resolveu adiantar sua saída da empresa