STF condena segundo réu dos atos golpistas a 14 anos de prisão

Publicado em

spot_img
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou para condenar o segundo réu pelo ataque aos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Os magistrados fixaram entendimento de que Thiago Mathar deve ser condenado a 14 anos de prisão pelos mesmos crimes do primeiro réu, Aécio Lúcio Costa, que recebeu uma pena de 17 anos de prisão.
Apesar dos crimes serem os mesmos, o ministro Alexandre de Moraes votou para condenar o réu por 14 anos de prisão. Em seu voto, o relator do caso disse que Mathar foi a Brasília para dar um golpe que deu errado. 
Para o magistrado, as instituições demonstraram sua força ao resistir à intentona golpista. “Veio aqui para dar golpe, atacar os poderes constituídos, o governo eleito. Só que deu errado, e foi preso”, disse Moraes.
Thiago Mathar será preso por abolição do Estado Democrátido de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o réu atuou na depredação do Palácio do Planalto e, ao ser interrogado, afirmou que não havia barreiras impedindo o acesso à sede do Executivo.
Seguiram o voto de Moraes, os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rosa Weber, Luiz Fux e Cristiano Zanin, sendo que o último propôs uma pena de 11 anos.
Nunes Marques votou pela condenação em dois crimes: deterioração de patrimônio e dano qualificado, com pena de 2 anos e seis meses em regime aberto. Luis Roberto Barroso votou por absolver o réu pela acusação de abolição do Estado Democrático de Direito, propondo pena de 9 anos.
Já André Mendonça votou para condenar apenas por abolição violenta do Estado Democrático de Direito: uma pena de 4 anos e 2 meses.

O que diz a defesa

A defesa de Thiago Mathar, feita pelo advogado Hery Waldir Kattwinkel, disse que o réu entrou no Planalto para se abrigar da violência que ocorria do lado de fora. Ele também ressalta que não há vídeos com falas ofensivas do seu cliente.
O advogado ainda disse que não é possível colocar no mesmo “balaio” as pessoas que buscavam proteção e as pessoas que quebraram os Três Poderes. Kattwinkel ainda disse que as pessoas que cometeram depredações não seria patriotas.

image

Que você achou desse assunto?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

- Publicidade -

ASSUNTOS RELACIONADOS

Morre o deputado estadual do Rio Otoni de Paula Pai, aos 71 anos

Morreu na madrugada desta segunda-feira, 27, o deputado estadual do Rio de Janeiro Otoni Moura de Paulo (MDB). Ele é pai do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). Aos 71 anos, Otoni Pai faleceu por complicações de um câncer no fígado. Ele estava entubado em uma unidade de terapia intensiva desde a manhã do domingo

STF prorroga validade de cotas no serviço público enquanto Congresso analisa nova lei

(FOLHAPRESS) - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino prorrogou neste domingo (26) a validade do modelo de cotas raciais para os concursos públicos, até o momento da aprovação pelo Congresso Nacional e da posterior sanção presidencial das novas regras. As regras referentes às cotas poderiam poderiam perder a eficácia, sem a decisão

Milton Leite teve ‘papel juridicamente relevante na execução dos crimes’ da Transwolff, diz Promotoria

ROGÉRIO PAGNANSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na investigação sobre a possível infiltração do PCC no transporte público da capital, promotores do Gaeco (grupo de combate ao crime organizado) afirmam que o presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), teve "papel juridicamente relevante na execução dos crimes sob apuração" envolvendo a Transwolff. Os