Brasil no semipresidencialismo

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Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o seu grupo avançam sobre o governo Lula, ditando a velocidade das votações e boa parte dos programas governamentais via emendas ao Orçamento, há um movimento no Congresso em defesa do semipresidencialismo de direitos. O “de fato” já estamos vivendo, avaliam aliados de Lira e preocupação dos mais afeitos a Lula. É um jogo que começou ainda no governo de Dilma Rousseff e que tem crescido em adeptos. Esta semana, o presidente do Supremo defendeu o semipresidencialismo. O decano do STF, Gilmar Mendes, defende há tempos. Quem acompanha de perto a mobilização, diz que se Gilmar e Barroso estão do mesmo lado do campo, sinal de que a discussão está amadurecendo. Falta Lira dizer se irá pautar o semipresidencialismo, que precisaria de emenda constitucional para tornar de direito o que, na visão de muitos, ocorre de fato.
• Uma disputa velada no PT  Enquanto responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, é o primeiro no governo a querer distância do déficit zero. Rui acredita no PAC para promover desenvolvimento e, por tabela, alavancar sua carreira política, tal e qual ocorreu com Dilma Rousseff, em 2010. Amanhã, por exemplo, irá a Alagoas lançar obras do PAC. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa do sucesso na área econômica.
• Até o último minuto  No comando do Conselho de Segurança das Nações Unidas até a próxima terça-feira, o Brasil pretende usar todas as horas de liderança ali para tentar chegar a uma resolução que não sofra vetos de seus integrantes, especialmente Estados Unidos e Rússia. Para os americanos, um dos discursos a ser aplicado é “vocês preferem negociar conosco ou com a China?”. A China assume a presidência do conselho na quarta-feira.
• A pedidos  A ação brasileira atende a apelos de vários integrantes e da presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, para que o Brasil não desista de buscar uma trégua humanitária. O fluxo normal para Gaza era de 100 caminhões/dia. Agora, está entre 15 a 20 por semana. A suspeita de muitos diplomatas é a de que o ingresso de caminhões foi uma forma de Israel e dos Estados Unidos baixarem as pressões da opinião pública em seus países. Mas está longe de ser a ideal.
• Para 2024 O Ministério de Gestão e Inovação convidou as representações de classe dos policiais federais para uma reunião a fim de tentar resolver as reivindicações da categoria. Só tem um probleminha: o encontro foi marcado para daqui a um mês, 28 de novembro. Ficou a sensação de que o governo deseja ganhar tempo e só dar uma resposta no ano que vem.

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